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FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

Destaques da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde

Carlos Morel 70 anos: trajetória de um cientista brasileiro.

COHN, Amélia; MOREL, Regina; MOREL, Leo. (Orgs.) Carlos Morel 70 anos: trajetória de um cientista brasileiro. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2013.

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

Carlos, este livro é fruto de um complô sui generis: sem dúvida, foi uma "resolução traçada em comum", por nós e seus amigos que gentilmente concordaram em participar dessa trama e desse conluio, mas não foi uma conspiração contra alguém; ao contrário, foi inteiramente a favor, a seu favor e em sua homenagem pelo 70º aniversário. Pedindo licença ao Aurélio, foi um complô do afeto. É óbvio que a relação de amigos que você foi fazendo pela vida afora é bem mais ampla do que a totalidade de colaboradores deste livro, que já nasce, portanto, incompleto e cheio de omissões. Cientes da impossibilidade de abarcar a todos, contatamos algumas pessoas que, de alguma maneira, representam um aspecto e uma fase de sua trajetória, na vida pessoal bem como na profissional (se é que no seu caso cabe essa distinção ... ). E não podemos deixar de registrar aqui nosso imenso agradecimento a todos estes amigos que aderiram entusiasticamente ao projeto e, mesmo muito atarefados e cheios de compromissos, encontraram disponibilidade para escrever os belos textos deste volume. Num esforço de memória, voltaram às vezes 30, 40, 50 anos para lembrar um episódio e registrar um gesto seu, contar um caso ... Carlos, você é muito querido e tem amigos muito generosos. Muito bom receber a confirmação disso quando se completa 70 anos, não é? (Regina Morel; Amélia Cohn; Leonardo Morel)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma história brasileira das doenças.

FRANCO, Sebastião Pimentel; NASCIMENTO, Dilene Raimundo do; MACIEL, Ethel Leonor Noia. Uma história brasileira das doenças. Belo Horizonte: Fino Traço, 2013.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

Uma História Brasileira das Doenças apresenta seu quarto volume. O propósito de mapear a produção nacional, de ser uma ponte entre grupos de pesquisa em diversas instituições, está hoje maduro. Instituição pioneira nesta área, a Casa de Oswaldo Cruz iniciou este movimento, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, logo com a Universidade Federal de Minas Gerais e com grupos de pesquisa de todo o país. Este quarto volume liderado pela Universidade Federal do Espírito Santo e pela Casa de Oswaldo Cruz mostra o amadurecimento deste projeto que se propõe marcar a presença de historiadores brasileiros na discussão de um tema universal - a doença. Presença marcada não só pelo número de grupos como pela variedade de abordagens. A doença como uma construção eminentemente humana é objeto da filosofia, da religião, de vários ramos da ciência, permitindo múltiplas propostas de diálogo interdisciplinar. A doença como objeto da história tem sido também abordada a partir de diversos referenciais teóricos, alguns dos quais se mostram nos textos desta coletânea num diálogo instigante.  (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

História regional e local: fragmentação e recomposição da história na crise da modernidade

NEVES, Erivaldo Fagundes. História regional e local: fragmentação e recomposição da história na crise da modernidade. Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana, 2002.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

História regional e local: fragmentação e recomposição da história na crise da modernidade pretende expor o debate epistemológico da crise de paradigmas na transição do século XX e os efeitos da 'nouvelle histoire' sobre o objeto da história. Um dos "fragmentos" dessa decomposição - a história regional e local- focaliza os pequenos mundos, alcançando viveres e saberes populares, em dimensões inatingíveis pelas macro-abordagens, permitindo ao historiador analisar articulações cotidianas nos níveis social, econômico, político e cultural de um grupo social e suas circunstâncias ambientais e temporais, chegando às relações familiares e pessoais. A história regional e local, na formulação teórica que hoje se apresenta, encontrou, no Brasil, o antecedente remoto da corografia, amplamente empregada como recurso da escrita da história, desde os cronistas coloniais, recebendo reforço do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e seus congêneres regionais. Entretanto, seu desenvolvimento decorreu, fundamentalmente, dos estudos pós-graduados que, formando historiadores para narrar e interpretar os resultados de pesquisas temáticas, promoveram estudos temáticos, empreendidos com novos recursos, distinguindo o método como prática e a metodologia enquanto teoria que orienta uma ação.  (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 
  

 

 

 

Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da belle époque

CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da belle époque. Campinas: Unicamp, 2001.

 

 



 

 

 

   

   

Muitos livros são bons. Raríssimos são eternos. Poucos podem ser lembrados como marcos importantes pelos contemporâneos. Trabalho, lar e botequim faz parte deste seleto grupo. A oportuna reedição vem sanar a inexplicável ausência, nas livrarias, de um texto que foi capaz de apontar caminhos para os especialistas de sua geração: no interior de uma história social voltada quase exclusivamente para movimentos sociais ou propostas de revolução, Sidney Chalhoub foi buscar histórias de amor, brigas de botequim, tensões entre indivíduos, grupos étnicos e nacionalidades, a trama do dia-a-dia, as formas de ganhar a vida no Rio de Janeiro da chamada belle époque, para descobrir, no cotidiano da classe, um outro lugar da política. Escrito na metade da década de 1980, o livro constitui um exercício exemplar com processos criminais. Com eles, devolveu a personagens anônimos a capacidade de falar sobre si mesmos para revelar valores, formas de solidariedade ou de conflito - e nos fazer sentir o seu inconfundível "cheiro de carne humana", como dizia Lucien Febvre. Mas Paschoal, Júlia, Zé Galego e outros que povoam estas páginas deixam entrever também, além dos significados históricos que o autor evidencia, o notável talento para a pesquisa e a narrativa histórica que marca o conjunto da sua obra. (Maria Clementina Pereira Cunha, Depart. de Hist. da UNICAMP)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  


Saturno nos trópicos: a melancolia européia chega ao Brasil.

SCLIAR, Moacyr. Saturno nos trópicos: a melancolia européia chega ao Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A modernidade nasce melancólica. Uma melancolia que já aparecia em personagens bíblicos e nos textos clássicos da medicina grega, mas que se torna verdadeiro clima de época na passagem da Idade Média para o Renascimento, quando, paradoxalmente, novos horizontes são abertos nas ciências e na arte. Aquela era também a época da Peste Negra, da caça às bruxas, da reclusão dos loucos - uma conjuntura de sombria ameaça, neutralizada pela euforia maníaca da caça às riquezas e da especulação comercial. É então que, cruzando o Atlântico, as naus européias chegam ao Novo Mundo trazendo consigo as sementes da melancolia. Para contar essa história, com erudição e clareza, Moacyr Scliar reúne conhecimento médico e talento de escritor. Apoiado na história das grandes descobertas científicas, mas também em clássicos da literatura, como Cervantes, Shakespeare, Machado de Assis e Lima Barreto, o autor faz aqui um estudo extraordinário sobre a melancolia européia herdada pelo Brasil - sentimento contra o qual o país lutou e que busca substituir pela esperança.  (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  
 


O lugar da geografia brasileira: a sociedade de geografia do Rio de Janeiro entre 1883 e 1945.

CARDOSO, Luciene Pereira Carris. O lugar da geografia brasileira: a sociedade de geografia do Rio de Janeiro entre 1883 e 1945. São Paulo: Annablume, 2013.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O livro examina a trajetória da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro entre 1883 e 1945. Criada em 1883, tributária do movimento que estimulou a multiplicação de sociedades geográficas na Europa e no continente americano, a instituição foi um dos espaços que desfrutou do patrocínio de D. Pedro II. Nos seus primeiros anos, empreendeu um programa de trabalho direcionada para o melhor conhecimento do espaço físico do Império e de seus habitantes. Apesar da queda da Monarquia, em 1889, e das atribulações que sofreu com a instauração do regime republicano, a Sociedade permaneceu desenvolvendo suas atividades. Já na década de 1930, a temática do território nacional, a exploração racional dos recursos naturais e sua ocupação ordenada ganhariam um espaço singular no governo de Getúlio Vargas. A experiência da Sociedade seria valorizada e seus associados desempenhariam papéis de primeira grandeza. Constata-se que Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, desde a sua fundação, atuou como um lócus privilegiado para o debate e reunião de estudiosos da geografia.  (Au.).