Fundação Oswaldo Cruz

Webmail

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

Destaques da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde

Cidade e história

BARROS, José D’Assunção. Cidade e história. Petrópolis: Ed. Vozes, 2007.

 

 

 

 

 

 

 

 

A Historiografia, a Geografia, os Estudos Urbanísticos e as demais ciências sociais e humanas de modo geral têm se interessado muito pelo estudo da cidade como uma forma específica de organização social. Neste sentido, apresentam-se nesta obra as posições de estudiosos da cidade desde o século XIX até tempos recentes nas ciências sociais em geral. Além disso, são examinadas as imagens através das quais os homens têm habitualmente enxergado a cidade nos diversos campos do saber, ora comparando-a com organismos ou ambientes ecológicos, ora encarando-a como uma gigantesca máquina; ora lendo-a como se fosse um texto a ser pacientemente decifrado, ora entendendo-a como sistema, e assim por diante. A relação entre História e cidade será o fio condutor desta pequena obra de introdução aos estudos urbanos que, atenta aos diálogos interdisciplinares sobre o tema, busca esclarecer como os diversos campos de saber têm se aproximado dos fenômenos urbanos, e como estes mesmos fenômenos urbanos também estão sujeitos a uma permanente transformação na História. (Au).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

História da América Latina e do Caribe: dos processos de independência aos dias atuais.

POZO, José del. História da América Latina e do Caribe: dos processos de independência aos dias atuais. Petrópolis: Ed. Vozes, 2008.

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 Pode haver múltiplas visões desta vasta e complexa região, onde hoje vivem mais de 500 milhões de seres humanos. Aqui o autor oferece a sua, incluindo aspectos que não costumam fazer parte de outros estudos sobre o tema: os territórios colonizados pela Inglaterra, pela Holanda e pela França, de modo que se pode falar com propriedade do Caribe; uma análise dos atores sociais, das elites até os indígenas, as mulheres e os grupos de cor; os traços fundamentais do desenvolvimento cultural e pinceladas sobre a vida cotidiana, que permitirão ao leitor reviver cada uma das épocas estudadas. Os grandes temas da história econômica e política são também abordados detalhadamente. A segunda é utilizada como fio condutor do livro, acompanhando a difícil marcha rumo a uma democracia até agora caracterizada pelos altos e baixos, desenganos e retrocessos. Sem subestimar a importância dos fatores internacionais, o autor analisa todos os temas citados, salientando as especificidades próprias da realidade latino-americana, considerando não só os grandes estados da região, mas também os menos conhecidos, como os da América Central. Trinta e um "quadros estatísticos, cinco mapas históricos e uma cronologia detalhada ajudarão o leitor a palmilhar o texto, destinado a todos aqueles que desejam encontrar informações de base sobre essa parte do mundo, desde o início da vida independente até hoje. (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista.

CHALHOUB, Sidney. A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista. São Paulo: Companhia das Letras, 2012

 

 

 

 

 

 

 

 

“Esses escravos ilegais estão a todo momento e por toda parte em presença das autoridades brasileiras, mas eles não são vistos."  A irônica observação de um cônsul britânico diante do escândalo dos africanos ilegalmente escravizados sintetiza o descaso criminoso a que a cidadania dos negros foi submetida no Brasil oitocentista. Em aberta afronta ao direito internacional, mais de 750 mil pessoas foram contrabandeadas para o país após a lei de 1831 que proibia o comércio de cativos. Por outro lado, a notória tolerância das autoridades em relação aos horrores do tráfico deteriorava a já instável condição social dos ex-escravos e dos nascidos livres, sinalizando-lhes que seus direitos pouco valiam contra a força avassaladora do poder escravista. Apoiado numa abrangente pesquisa em arquivos da época, o historiador Sidney Chalhoub demonstra como a precária experiência da liberdade dos negros esteve à mercê da cumplicidade entre o Estado e a classes proprietárias durante a maior parte do Segundo Reinado. (Au.)

 

 

 

 

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

História da saúde e das doenças no interior da Bahia: Séculos XIX e XX.

CHAVES, Cleide de Lima (Org.). História da saúde e das doenças no interior da Bahia: Séculos XIX e XX.  Vitória da Conquista, BA: UESB, 2013.

 

 

 

 

 

 

 

 

  
 

História da saúde e das doenças no interior da Bahia: séculos XIX e XX se filia de modo rigoroso e sistemático tanto a essa perspectiva múltipla e polifônica quanto à decisão de abandonar momentaneamente o conforto "do centro" - a cidade de Salvador - e adentrar e inquirir os sertões da Bahia, o Recôncavo e outras regiões da Bahia nos séculos XIX e XX. Do impacto da Guerra de Canudos sobre a Faculdade de Medicina e também sobre as estruturas assistenciais, até as práticas populares de acolhimento e cura, em conflito com a medicina diplomada no Recôncavo, os capítulos desse livro desvelam como, o poder público, os médicos e as instituições assistenciais se (des) articularam com a política, a sociedade e a cultura em experiências locais. (Au.).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lepra, medicina e políticas de saúde no Brasil (1894-1934).

CABRAL, Dilma. Lepra, medicina e políticas de saúde no Brasil (1894-1934).  Rio de Janeiro: Fiocruz, 2013.

 

 

 

 

 

 

 

Advirto o leitor de que este livro – audacioso e sofisticado, em sua montagem teórica; erudito e minucioso, no plano analítico - não retrata um período particular da história da hanseníase no Brasil. Trata-se de uma narrativa sobre a trajetória da lepra, outra doença. Não mais a lepra medieval, erigida sobre princípios ético-religiosos e ligada à ideia de pecado e purga, tampouco sua sucedânea, rebatizada com o objetivo de distinguir-se daquela 'tratada' sob o estigma do isolamento nos leprosários, cujo prognóstico carecia de um remédio eficaz. Como nos lembra a autora, a lepra não é apenas uma realidade biológica. Como qualquer doença, ela possui uma dimensão sociocultural. Desse modo, o recorte temporal escolhido, entre a criação do Laboratório Bacteriológico no Hospital dos Lázaros (1894), no Rio de Janeiro, e a extinção da Inspetoria de Profilaxia da Lepra e das Doenças Venéreas (1934), delimita um sentido particular à lepra e ao leproso no Brasil. No período abordado pelo livro, ela foi teoricamente reconstruída como uma entidade específica. Essa nova noção da lepra resultou tanto dos esforços cognitivos da clínica, quanto da descoberta laboratorial do Mycobaderium leprae, implicando novos significados e práticas que se estabeleceram nos procedimentos terapêuticos, nas respostas institucionais e nas estratégias sanitárias formuladas para o seu controle.(Au.).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A política pública como campo multidisciplinar.

MARQUES, Eduardo; FARIA, Carlos Aurélio Pimenta de (Orgs.). A política pública como campo multidisciplinar.  São Paulo: Unesp; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2013.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
Este livro se origina do fórum "A Multidisciplinaridade na Análise de Políticas Públicas", organizado por nós no 7º Encontro da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP), realizado em Recife em agosto de 2010. O presente volume, contudo, conta com novas contribuições, não presentes no debate original. Nosso objetivo quando organizamos aquela atividade coletiva foi ajudar a adensar no Brasil o conhecimento sobre as teorias produzidas por diferentes disciplinas para o estudo das ações do Estado. A área temática de políticas públicas é interdisciplinar por natureza, o que tem lhe conferido ao mesmo tempo grande pujança e riscos de fragmentação, dada a dificuldade da construção de patamares teóricos comuns de discussão. Outro objetivo da coletânea é ofertar aos estudantes e pesquisadores brasileiros das políticas públicas um panorama sucinto de como os distintos campos do saber têm abordado, no país, este nosso objeto comum. Cabe destacarmos que todos os trabalhos aqui publicados foram produzidos especialmente para este volume, sendo, portanto, inéditos.(Au.).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Discovering the history of psychiatry.

MICALE, Mark S.; PORTER, Roy (Ed.). Discovering the history of psychiatry. New York: Oxford University Press, 1994.

 

 

 

 

 

 

The idea for this book originated in the fall of 1990, in a conversation between a British and an American historian over a Mexican meal in s’Hertogenbosch, the Netherlands. We were attending the First European Congress for the History of Psychiatry and Mental Health Care, sponsored by the Netherlands Institute of Mental Health, at which over 200 scholars from a dozen and a half countries gathered for the first time to share ideas about the history of the psychological sciences. It was a successful and exciting occasion, a fine expression of the new Europeanism. However, by the end of the conference, we were struck by the great diversity of styles of thinking and writing about the subjects under discussion. The question arose: Why do we have the psychiatric histories that we do? By the end of the meal, the solution seemed obvious: to assemble an international cast of eminent scholars, both psychiatrists and historians, and invite them to answer the question for us. The result is the present volume. We would like to express our infinite gratitude to all the contributors. Not only did they too find the question intriguing; they proved willing rapidly to put pen to paper, often taking time from crowded schedules to address topics that were difficult and speculative. For close, critical, and constructive readings of our introductory essay, we acknowledge the assistance of Geoffrey Cocks, Gerald Grob, Anne Harrington, Nancy Tomes, Fernando Vidal, and Elisabeth Young-Bruehl. We also offer our deep thanks to Mr. Jeffrey House of Oxford University Press for his continual and enthusiastic support of an ambitious project.(Au.).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Intimidades, conflitos e reconciliações: México e Brasil, 1822-1993.

PALACIOS, Guillermo. Intimidades, conflitos e reconciliações: México e Brasil, 1822-1993. São Paulo: Edusp, 2008.

 

 

 

 

 

 

 
  

Intimidades, Conflitos e Reconciliações deve ser considerado uma introdução às relações diplomáticas entre o México e o Brasil, seja pelo fato de não pretender esgotar o tema das relações entre esses dois países, seja porque, apesar da intensa pesquisa realizada nos principais fundos de documentação, ainda há muito a ser realizado junto ao material bibliográfico e hemerográfico. Este livro aborda um conjunto peculiar de relações que se caracterizam tanto por um insistente esforço secular para encontrar espaços de intercâmbio, como por situações concretas em que esse intercâmbio se torna possível, especialmente a partir dos anos de 1960. Mas, sobretudo, se trata de relações que são marcadas por uma persistente observação ativa, realizada pelos enviados de ambos os países, da natureza da sociedade e da vida política do país    no qual estão acreditados. Este texto buscou, de alguma maneira, recompor a construção do imaginário do outro, este olhar que constata o estranho, mas que por sua vez participa na produção da estranheza resultante das características do crisol a partir do qual olha, que não são outras senão as da própria   história que constitui o sujeito observador e o dota de uma identidade específica. Assim, as respectivas trajetórias históricas do México e do Brasil, os obstáculos, dilemas e formas particulares que os processos formativos de suas sociedades e Estados adotaram nos dois últimos séculos são pontos de referência básicos para olhar o outro e entendê-lo, mas sempre a partir do próprio ponto de vista observador, seja ele mexicano ou brasileiro, como um contraste com sua experiência, um reflexo alheio em seu próprio espelho. (Au).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

The children of Craig-y-nos: life in a Welsh tuberculosis sanatorium 1922-1959.

SHAW, Ann; REEVES, Carole. The children of Craig-y-nos: life in a Welsh tuberculosis sanatorium 1922-1959.London: UCL, 2009.

 

 

 

 

 

.

 

 

 

 

Craig-y-nos Castle, on the edge of the Brecon Beacons in South Wales, was the home of the world famous opera singer, Adelina Patti. After her death in 1919, it became a tuberculosis sanatorium, mainly for children and young adults, The ‘Children of Craig-y-nos’ project was begun in 2006 by Ann Shaw who had spent four years there from the age of nine to thirteen. The launch of her blog (www.craig-y-nos.blogspor.com) to collect the memories of ex-patients and staff was so successful that within a year over a hundred stories and 1200 photographs, mostly taken by the children themselves, had been contributed. There followed three photographic exhibitions, radio programmes, a reunion at Craig-y-nos Castle, and a Lottery grant to produce this book. But despite a romantic location, this is not a fairy tale. TB affected the whole community - physically, socially and emotionally. It was the disease never spoken about except in hushed whispers. Craig-y-nos was called a hospital but it had all the hallmarks of a prison for sick children. Even at a distance of fifty or sixty years, some people broke down when reliving deeply buried memories. Others were unable to talk at all but communicated entirely though e-mail. A few remember physical and sexual abuse by staff. Stomach washouts terrified toddlers. Use of restraint by tying children to cot and bed railings was justified by over-stretched staff but criticized by hospital inspectors. Even keeping five-year-olds in high-sided cots could be interpreted as a form of imprisonment. The physical isolation of Craig-y-nos was another. Only one young woman admits to successful escape although several teenagers and children made abortive bids for freedom. Although this is an historical study, TB is not a disease of history. The World Health Organization in 1993 declared TB a public health emergency. An estimated 8.8 million people were diagnosed with TB in 2005 and 1.6 million died of it. But however difficult it becomes to control tuberculosis both locally and globally, one thing is certain. Those infected will never again be isolated from the rest of society because history has shown that policing infectious diseases is neither workable nor humane. (Au.)

 

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

Â