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FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

Destaques da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde

 

 Edição especial - Coleção Marco Lucchesi

 

 

 

 

Pedagogia do oprimido (o manuscrito)


FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido (o manuscrito). São Paulo: Uninove, 2013.

 

 

 

 O livro Pedagogia do Oprimido chegou à 50ª edição em português em 2020. Ano que precede, também, outra grande data ligada a Paulo Freire, patrono da Educação brasileira: em 2021, Paulo completaria 100 anos de vida. Fazer o aluno conhecer a liberdade, tornando-se apto a se construir crítica e responsavelmente: foi este o nobre objetivo ao qual Paulo Freire se dedicou durante toda a vida. Mas como alçar um voo tão alto num mundo onde, cada vez mais, "a pedagogia dominante é a pedagogia da classe dominante"?  Pedagogia do oprimido, obra que figura entre as principais de sua vasta bibliografia, é uma das respostas mais relevantes a essa pergunta. Aqui, consciente da situação em que se encontram os oprimidos do Brasil e da América Latina, Paulo nos oferece uma análise penetrante do funcionamento de nossas classes sociais e indica os caminhos para uma pedagogia eficiente, capaz de suscitar, nos educandos, o diálogo e o saber de si. Não é preciso muito para que a amplitude do pensamento desta obra se revele: do conteúdo programático às estruturas opressoras da sociedade, as reflexões freirianas se debruçam sobre todos os fatores que influenciam a educação, fazendo com que sua teoria pedagógica se torne, também, uma lição de cidadania e solidariedade. Pedagogia do oprimido resume todos os elementos que fizeram de Paulo Freire o principal educador brasileiro do século XX. É um livro de leitura obrigatória para todos aqueles que desejam compreender nossa situação ainda atual de acomodação.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O pecado original da República: debates, personagens e eventos para compreender o Brasil

CARVALHO, José Murilo de. O pecado original da República: debates, personagens e eventos para compreender o Brasil. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2017.

 

                                                                                                                                         

Diante das persistentes interrogações sobre o Brasil, José Murilo de Carvalho se debruça sobre eventos, personagens e reflexões capazes de oferecer caminhos para compreendermos o país que somos hoje. O pecado original da República é, assim, amostra do engajamento do historiador sempre convocado ao debate, que reúne nesta edição uma série de textos produzidos nos últimos anos, a maior parte deles para jornais e revistas. Fiel ao seu admirável percurso intelectual, José Murilo mantém em destaque os temas centrais de sua obra: a construção da cidadania e a conciliação entre democracia e república. Nessa abordagem, ganha destaque o permanente desafio da construção de um sistema representativo capaz de combinar a inclusão política e social, ou seja, a democracia. Igualmente desafiador, como se vê, é a existência no país de um regime que respeite os valores da liberdade, da igualdade civil e do bom governo, o que seria, portanto, a plena realização da república. É nesse contexto que vislumbramos uma nação que adiou a participação popular na política e que parece ainda em penitência por este e outros pecados. Para iluminar tais questões, o autor oferece uma visão consistente, clara e crítica, sempre atento ao compromisso de dialogar com o grande público, provocando a reflexão e o debate essenciais para nossos dias.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A igreja do Brasil no Concílio Vaticano II: 1959-1965

BEOZZO, José Oscar. A igreja do Brasil no Concílio Vaticano II: 1959-1965. São Paulo: Paulinas, 2005.

 

 


Malgrado algumas controvérsias, a partir da segunda metade da década de 1960, tornou-se ponto comum aos estudos que se dedicam à históia da Igreja Católica no Brasil, o reconhecimento do Concílio Vaticano II como evento eclesiástico que representou o fim de uma fase de longa duração iniciada com o Concílio de Trento (1545-1563). O Vaticano II, ao conceber a Igreja enquanto realidade situada no tempo e no espaço, abriu horizontes de incertezas, de redistribuição do poder interno da Igreja, de legitimação de novos organismos e experiências eclesiais, além do diálogo com o ecumenismo. Durante suas quatro Sessões Conciliares (1962-1965), constituiu complexos movimentos de alterações dos padrões de verticalidade no exercício da autoridade da Igreja, criticou a visão ingênua de um monolitismo de posições dentro da Instituição Católica, repensou sua liturgia e operacionalizou novas relações com as demais Igrejas, comunidades cristãs e religiões, inclusive com os não-crentes, com a cultura e sociedade modernas e o mundo em geral. O padre José Oscar Beozzo defendeu em 2001, junto à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, sua tese de doutorado, orientada pela Profa. Dra. Maria Luiza Marcílio. Em 2005, seu trabalho foi publicado pela Editora Paulinas, com o título de A Igreja do Brasil no Concílio Vaticano lI: 1959-1965. Trata-se de obra indispensável para todos aqueles que buscam uma maior compreensão de como o Concílio diminuiu o secular predomínio dos órgãos da Cúria Romana sobre as Igrejas locais e permitiu, através de atritos e disputas, uma maior valorização dos bispos como sujeitos responsáveis pelas Igrejas de seus próprios países ou em dimensão continental. Como o próprio título da obra sugere, Beozzo busca historicizar e demonstrar que o ineditismo e o fator de maiores conseqüências durante e após a assembléia conciliar foi a participação dos bispos brasil.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

30 anos de coleta seletiva

EIGENHEER, Emílio Maciel; Fernandes, Maria José da Silva. 30 anos de coleta seletiva. Teresópolis: 2ab, 2016.

 

Este estudo investigou conceitos, percepções e possíveis ações da educação ambiental na terceira idade e propôs novas estratégias e materiais educativos, que estimulem a participação ativa dos idosos na valorização e preservação do ambiente. Buscou-se diferentes referenciais teóricos-metodológicos que conseguissem se aproximar do objeto, multifacetado, educação ambiental e envelhecimento, priorizando a perspectiva qualitativa. A teoria das representações sociais foi o referencial que orientou o trabalho, na direção de um estudo comparativo entre três grupos de terceira idade da região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. Os sujeitos da pesquisa eram idosos compreendidos na faixa etária de 60-91 anos. Foram entrevistados 30 idosos e as entrevistas foram analisadas na perspectiva da análise de conteúdo. As representações mostraram que os idosos têm percepção da degradação ambiental e apostam na cooperação, solidariedade e educação, em sentido amplo. Em contextos singulares, apostam na sua participação como atores sociais para o despertar de uma consciência ecológica.



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A arte do Azulejo em Portugal

HAYASHIDA, Masatoshi (org.). A arte do Azulejo em Portugal. Lisboa: Instituto Camões; Museu do Azulejo, [1999?].

 

Os azulejos adornaram templos persas, mesquitas e palácios, castelos medievais, igrejas vitorianas e lojas Art Déco, decorando agora edifícios públicos, o Metropolitano e as nossas casas. A Arte do Azulejo guia-nos com clareza na riquíssima tradição dos azulejos desde as origens aos nossos dias, passando por diversas civilizações e pelos vários tipos de manufatura. Ilustrado, este volume é, portanto, indispensável na biblioteca de um colecionador de azulejos - ou de qualquer leitor interessado nesta arte decorativa.



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A biblioteca elementar

MUSSA, Alberto. A biblioteca elementar. Rio de Janeiro; São Paulo: Record, 2018.



 

 

 

Romance de um dos mais aclamados autores da literatura brasileira. A conclusão do Compêndio mítico do Rio de Janeiro. Na calada da noite, na hoje chamada Rua da Carioca, um homem de casaca, pistola na mão, ameaça outro com capa à espanhola e botas de cano longo. Atracam-se. A arma dispara. O de casaca cai ferido mortalmente. Há uma testemunha, cigana, que também tem lá suas culpas. Entre os crimes que perpassam este romance policial situado no Rio de Janeiro do século 18, apenas um é de fato relevante; apenas um resume e simboliza o livro. E, contraditoriamente, é o único crime que não acontece. Alberto Mussa opera com perícia a narrativa, conversando com o leitor e palpitando sobre os dilemas dos personagens sem abandonar o posto de narrador, ancorado em pesquisa do vocabulário da época, do contexto, das ruas do Rio, do tráfico de escravos, do contrabando de ouro e da ação inquisitorial, sempre com uma técnica primorosa.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Memorial orgânico (uma proposta para o Brasil em meados do século XIX) com ensaios introdutórios de Arno Wehling

 

VARNHAGEM, Francisco Adolfo de. Memorial orgânico: (uma proposta para o Brasil em meados do século XIX): com ensaios introdutórios de Arno Wehling. Brasília, DF: FUNAG, 2016.


 

 

 

Em 2016, ao ensejo do bicentenário do nascimento de Francisco Adolfo de Varnhagen, a FUNAG organizou com o IHGB uma série de atividades para estimular a pesquisa sobre o pensamento e a ação desse renomado historiador e homem público, integrante da chancelaria brasileira. Nesse contexto, a Fundação reedita, tal como revisto pelo próprio autor, em 1850, o Memorial Orgânico, posteriormente definido como “uma proposta para o Brasil em meados do século XIX”. Trata-se da obra que melhor traduz a reflexão de Varnhagen sobre os graves desafios que o então Império do Brasil enfrentava. O trabalho representa aspecto importante do seu pensamento estratégico e geopolítico, além da contribuição do diplomata oitocentista à modernização do País. Esta edição é enriquecida pelo criterioso ensaio analítico do professor Arno Wehling, presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.


 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Le sibille: attraverso la storia, l'arte e il mito

 

LUCA, Simona de; BORELLO, Rosalma Salina (introd.). Le sibille: attraverso la storia, l'arte e il mito. Roma: Accademia degli incolti, 1999.

                                                                                           

                               

 

 

                                                                                   


O livro reconstrói a história das Sibilas, desde o nascimento do mito na antiguidade, à sua aceitação no mundo cristão, até ao seu aparecimento na iconografia sagrada, apresentando as representações artísticas mais evocativas que precedem, desde a Idade Média, a famosa versão de Michelangelo.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Da cor à cor inexistente


PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro: Senac, 2009.


 

 



 


Pintor, professor e pesquisador, Israel Pedrosa revelou em 1967 o domínio da cor inexistente depois de 16 anos de pesquisa. Publicado em 1977, esse verdadeiro tratado histórico sobre as cores chega à 10ª edição com a importância que apenas as obras clássicas mantêm. O livro aborda o desenvolvimento da teoria das cores desde Da Vinci, passando por Newton, Goethe, Maxwell e Chevreul, entre outros estudiosos, e trata com clareza de temas como harmonização das cores, mutações cromáticas e cor inexistente. Um título indispensável para artistas, designers, professores e estudantes de arte.




 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Marco Lucchesi: Estética do interdisciplinar

LUCCHESI, Marco; BAPTISTA, Ana Maria Haddad (org.). Marco Lucchesi: Estética do interdisciplinar. São Paulo: Patmá, 2020.

 

 

 


Organizada por Ana Maria Haddad Baptista, Marco Lucchesi: Estética do Interdisciplinar é uma coletânea de ensaios de autores diversos, oriundos dos mais distintos campos do saber, reunidos, todavia, pelo ímpeto e fascínio diante do corpo de obras lucchesiano. Nas palavras de sua organizadora, a antologia tem o objetivo de “mostrar aos leitores, de forma fundamentada, a riqueza literária de um escritor brasileiro contemporâneo, que se destaca, inclusive no exterior, não somente pela erudição e poeticidade. Transita com originalidade pelos mais variados gêneros, literários e outros registros, para nos valer de uma terminologia inexata, mas que nos aproxima da habitual inventividade proposta e sonhada por Marco Lucchesi.” Marco Lucchesi: Estética do Interdisciplinar reúne textos de Sônia Albano de Lima, Carminda Mendes André, Clóvis da Rolt, Luciano Fiscina, Karine Simoni, José Eduardo L. F. Ferreira, Joel Rosa de Almeida, Júlio César Augusto do Valle, Ricardo de Souza, Karla Roberta Brandão de Oliveira, Shirley Aparecida Alves Tarzia e Débora Ramos.