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FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

Destaques da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde


Ensaios fora do tubo: a saúde e seus paradoxos

CASTIEL, Luis David. Ensaios fora do tubo: a saúde e seus paradoxos. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; São Paulo: Hucitec, 2021.

 

 

 

 

Os muitos desafios e crises que marcam os tempos pandêmicos podem ser narrados por meio de recursos diversos. As figuras de linguagem (incluindo a ironia, a alusão, o paradoxo), as ambiguidades, o exercício da crítica e até mesmo o humor e o alívio cômico são alguns desses vários recursos presentes em Ensaios Fora do Tubo: a saúde e seus paradoxos.
Escrito por Luis David Castiel, o livro é uma coedição com a Hucitec Editora. Pesquisador aposentado da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), o autor publica, com uma escrita em forma de ensaio, uma série de reflexões acerca da saúde, cujos contrastes foram amplificados no contexto da Covid-19.


 

 

 

 

 

 

 

Entre o Brasil e os Estados Unidos: intelectuais, ideias e projetos de educação (1927-1935)

ROCHA, Ana Cristina S. M. Entre o Brasil e os Estados Unidos: intelectuais, ideias e projetos de educação (1927-1935). Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; Editora PUC-Rio, 2020.

 

                                                                                                                                         

A obra investiga as experiências de quatro importantes e renomados educadores brasileiros na Faculdade de Educação (Teachers College) da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, nas primeiras décadas do século 20. O livro é um desdobramento da premiada pesquisa de doutorado desenvolvida pela historiadora Ana Cristina Rocha no Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (PPGHCS/COC/Fiocruz). Ganhadora de dois títulos no Prêmio Capes de Tese 2017 (tese vencedora na área de História e prêmio da Comissão Fulbright Brasil), a autora analisa o modo como Anísio Teixeira, Noemy Silveira Rudolfer, Isaías Alves e Lourenço Filho aproveitaram essa experiência de estudos na instituição, localizada em Nova York. Publicado em coedição com a Editora PUC-Rio, o título revela como as experiências dos educadores refletiram em suas práticas profissionais quando retornaram ao Brasil. Dessa forma, a pesquisa dialoga tanto com as perspectivas teóricas dos intelectuais brasileiros a partir de suas passagens pelo Teachers College, como também a forma como essas ideias foram utilizadas pelos quatro quando trabalharam em serviços de educação, nos anos 1930, especialmente no Distrito Federal e em São Paulo.

 

 

 

 

 

 

 

Em busca da comunidade: ciências sociais, desenvolvimento rural e diplomacia cultural nas relações Brasil-EUA (1930-1950)

LOPES, Thiago da Costa. Em busca da comunidade: ciências sociais, desenvolvimento rural e diplomacia cultural nas relações Brasil-EUA (1930-1950). Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2020.

 

 

Integrante da coleção História e Saúde da Editora Fiocruz, a obra aborda o papel das ciências sociais e das políticas públicas no Brasil a partir dos estudos rurais e do lugar do rural na sociedade brasileira moderna. Com essa premissa, o pesquisador Thiago da Costa Lopes investiga a trajetória de relações acadêmicas e diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos de 1930 a 1950. Para isso, ele concentrou seus estudos em dois importantes sociólogos do período: o norte-americano T. Lynn Smith e o brasileiro José Arthur Rios. O autor mostra como os dois pensadores que protagonizam a sua pesquisa fazem parte da história e da consolidação da sociologia no Brasil. O pesquisador traz à tona “relações diplomáticas, instituições científicas, agências governamentais e organismos internacionais, círculos de políticos, intelectuais e cientistas sociais", segundo André Botelho, professor do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ao analisar a conjuntura das relações acadêmicas entre os dois personagens, Thiago Lopes mostra que o rural renasce como chave não apenas da modernização, mas também da democratização política no Brasil.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Trabalho, saúde e adoecimento mental: percursos na rede de atenção do SUS

REIS, Adriana de Paula. Trabalho, saúde e adoecimento mental: percursos na rede de atenção do SUS. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2020.


 

Obra que investiga, de forma sensível, a assistência prestada no Sistema Único de Saúde (SUS) aos usuários que enfrentam questões de saúde mental relacionadas às suas vivências nos ambientes de trabalho. O livro reúne algumas narrativas de trabalhadores da saúde de uma cidade da região metropolitana de Belo Horizonte (MG), abrangendo histórias complexas e variadas sobre saúde e adoecimento mental em meio aos percursos de trabalho de diferentes profissionais.

 

 

 

 

 

 

 

 

Ativismo patrocinado pelo estado: burocratas e movimentos sociais no Brasil democrático

RICH, Jessica A. J. Ativismo patrocinado pelo estado: burocratas e movimentos sociais no Brasil democrático. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2021.


 

A política brasileira de HIV/Aids é tida como um exemplo de política pública bem-sucedida e reconhecida em todo o mundo. Ativismo Patrocinado pelo Estado: burocratas e movimentos sociais no Brasil democrático ajuda a compreender esse fenômeno, incluindo suas etapas, lutas, resistências, mobilizações e desafios. Escrito pela cientista política norte-americana Jessica A. J. Rich, o título é uma tradução - feita por Maria Lucia de Oliveira - de State-Sponsored Activism: Bureaucrats and Social Movements in Democratic Brazil, publicado em 2019 pela Cambridge University Press. Na pesquisa que originou a obra, a autora propõe uma série de relevantes contribuições sobre a história de resposta social e política do Brasil diante da epidemia de Aids, desde o início dos anos 1980. Rich analisa as políticas de HIV e Aids no país para desvendar as relações complexas entre a sociedade e o Estado no contexto do Brasil democrático. Desde a Constituição Cidadã de 1988, seguida da implementação e da consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), diversas fases desse processo foram sendo fortalecidas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um manicômio em colapso: da aridez do abandono à fluidez da liberdade

KINKER, Fernando Sfair. Um manicômio em colapso: da aridez do abandono à fluidez da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, [2020].


 

 

 

O título é oriundo da dissertação de mestrado defendida pelo autor, em 2007, no Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A obra narra e analisa a experiência de uma intervenção federal em um hospital psiquiátrico - localizado numa cidade do interior do Nordeste - de péssimas condições. Em 2005, Kinker foi convidado pelo Ministério da Saúde para coordenar uma equipe de interventores nessa instituição, que já havia sido reprovada mais de uma vez nas avaliações anuais aplicadas nos hospitais psiquiátricos do Brasil. Em quatro capítulos, Fernando Kinker conta como foi a vivência de transformação das condições do hospital, relatando algumas cenas que viveu com os internos e com os profissionais. O pesquisador narra também como se deu a construção de um conjunto de aliados, que contemplou artistas da cidade, universidades públicas, Igreja, imprensa, parlamentares e a prefeitura do município, envolvida desde o início no processo. "A experiência foi, de fato, reverberando pela cidade de forma que as pessoas pudessem rever seus valores e o significado daquela instituição", ressalta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Experiência, saúde, cronicidade: um olhar socioantropológico

BARSAGLINI, Reni; PORTUGAL, Sílvia; MELO, Lucas (org.). Experiência, saúde, cronicidade: um olhar socioantropológico. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2021.

 

 

O livro analisa a construção social das experiências com a doença crônica, os seus sentidos e significados sociais e culturais. Os 15 capítulos são divididos em três partes, sendo a primeira voltada a uma discussão teórica e conceitual e as outras duas aos estudos empíricos. "Enfocamos a experiência com o processo saúde-doença, explorando suas potencialidades e diversidades, como o conceito e a abordagem daquelas condições, sofrimentos e adoecimentos de longa duração, ou seja, que perduram no tempo e caracterizam a cronicidade", explica Reni Barsaglini.
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A constituição da assistência social como um campo de política pública no Brasil

 

MARGARITES, Gustavo Conde. A constituição da assistência social como um campo de política pública no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2020.

                                                                                           

                                                                                                                  

A obra se aprofunda nas investigações sobre as políticas públicas e a história das instituições estatais brasileiras. A abordagem inovadora do livro é ancorada na teoria dos campos de ação estratégica (TCAE), escolha que, segundo o autor, viabilizou “transformar o Estado e as políticas públicas em objeto da sociologia”. Gustavo Margarites analisa as decisões e mecanismos que embasaram a trajetória de constituição da assistência social como campo de política pública, demonstrando como a formação da área derivou, principalmente, de interações no campo da previdência social, envolvendo, posteriormente, o campo da saúde. O livro é um desdobramento da tese de doutorado do pesquisador, defendida em 2019, no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O autor expõe, ao longo dos seis capítulos da obra, a relevância da institucionalização da assistência social no bojo do sistema de proteção social do país.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vidas em exclusão e a reinvenção do cuidado

OLIVEIRA, Roberta Gondim de. Vidas em exclusão e a reinvenção do cuidado. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2021.

 

 



 

Fortalecer e destacar as práticas de profissionais e agentes de saúde pública em todos os territórios do país. Uma das missões da Fiocruz que se tornou ainda mais urgente e necessária desde o início da pandemia de Covid-19. É nesse contexto que a Editora Fiocruz lança Vidas em Exclusão e a Reinvenção do Cuidado. Escrito por Roberta Gondim de Oliveira, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), o livro tem como base a ampla pesquisa desenvolvida durante o doutorado da autora. O título narra um estudo empírico em dois territórios da cidade do Rio de Janeiro: Rocinha e Manguinhos, lugares em que ela acompanhou as práticas de profissionais de saúde pública voltadas para o tratamento da tuberculose. Em quatro capítulos, a obra parte de perguntas potentes, que são levantadas e debatidas pela pesquisadora. De que forma o cuidado em saúde se faz? Como as referências de atenção à saúde que se aprende são postas em ação nesses contextos, tendo como cenário essa trama social que inviabiliza cotidianamente a vida de determinadas pessoas?.

 

 

 

 

 

 

 

 

O Príncipe Perfeito e a Saúde do Reino: medicina e poder em Portugal no século XV

SILVA, Priscila Aquino. O Príncipe Perfeito e a Saúde do Reino: medicina e poder em Portugal no século XV. Rio de Janeiro: Autografia, 2021.

 

 

 

O livro aborda mudanças trazidas pelos ventos do fortalecimento do poder régio que, no seio do século XV, toma contornos decisivos. Pelas firmes mãos de D. João II (1481 a 1495), Portugal vive um período de paz com Castela, de financiamento e incentivo à expansão marítima, de retirada dos privilégios e prerrogativas senhoriais da nobreza de terras. Mas o que nos interessa de perto nessa grande viragem rumo à modernidade é a esfera assistencial. Aquela que trata dos pequenos atores sociais, dos pobres e miseráveis, dos enfermos e marginais. Pobreza fortemente identificada com a vida de Cristo e depositária da salvação. E é no domínio da assistência que o Príncipe Perfeito e sua rainha, D. Leonor, têm um papel crucial na consolidação de um novo modelo assistencial, onde o Estado começa a centralizar as ações de amparo aos desvalidos, a justiça e a própria espiritualidade. Trata-se de um tempo no qual a caridade e o assistencialismo sofrem profunda remodelação, que tem expressão, principalmente, na construção do Hospital das Caldas da Rainha, e na construção do Hospital de Todos os Santos, de Lisboa. Urbe de onde irradiou a principal obra hospitalar do período e que foi palco de inúmeras intervenções régias com relação à Saúde do Reino – espiritual e corporal – Lisboa é foco privilegiado de análise. Nesse contexto de rupturas, as imagens heráldicas escolhidas pelo casal régio para figurar hospitais, gafarias, adentrar nas capelas e lugares sagrados revelam intenções de cunho cristão e messiânico: o pelicano e o camaroeiro, ou rastro.