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Destaques da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde



O sorriso da sociedade: literatura e academicismo no Brasil da virada do século (1890-1920)

SILVA, Maurício Pedro da. O sorriso da sociedade: literatura e academicismo no Brasil da virada do século (1890-1920). São Paulo: Alameda, 2013. 282 p.

 

 

 

 

 

Há cerca de um século, a Academia Brasileira de Letras ditava regras não apenas linguísticas. Os literatos eram figuras públicas. Neste livro, Maurício Silva mostra que aquele era um tempo em que a Academia, mais que a própria literatura, parecia ser o fenômeno central da vida do espírito entre os brasileiros, a partir e em torno do qual toda uma ideologia se exprimia – o academicismo. Tal ideologia, em seus esforços por corresponder aos anseios de uma época pretensamente bela, forjava o espelhamento entre criação literária e vida social, num movimento que acabou por alcançar a literatura a condições de “sorriso da sociedade”, na expressão de um de seus maiores expoentes, o médico, escritor e o acadêmico Afrânio Peixoto.
Entre um momento e outro, sabemos bem o que aconteceu: a belle époque tropical perdeu o brilho, suas imprudências cosmopolitas cederam lugar ao nacionalismo, seu mundanismo ao engajamento, e o modernismo se impôs como referencial estético-literário a autores, críticos e leitores. O sistema intelectual brasileiro, enfim, assumiu uma nova configuração, mais condizente com as profundas transformações sofridas pelo país no sentido da modernização capitalista. A Academia, em contrapartida, tornou-se símbolo de um passado a ser superado.




 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na fonte do amado: malhas da mística cristã

TEIXEIRA, Faustino. Na fonte do amado: malhas da mística cristã. São Paulo: Fonte Editorial, 2014. 174 p.

 

                                                                                                                                         

Em todos os artigos deste livro, prenhes da paixão do buscador, do rigor do pesquisador e dos insights comparatistas de uma erudição que atravessa as fronteiras da mística árabe e zen budista, o leitor vai deparar-se com a clareza expositiva de diferentes itinerários espirituais. Por mais diversos que sejam, todos eles se deparam com a luta ascética contra o mal, a distração, o egoísmo, o necessário reconhecimento da finitude e da morte e o aprofundamento de uma purificação contemplativa e solitária, de modo a conquistar a liberdade do desapego. Contudo o esforço teórico de Faustino é de insistir no fato de que, por mais que autoridades eclesiais teimem em isolar a Igreja, nos maiores nomes da mística cristã (Eckhart, Teresa, João da Cruz, Silesius), bem como nos seus renovadores modernos (Teilhard e Merton), abundam exemplos de que depois do recolhimento o místico deve retornar ao mundo, produzir obras e educar o seu olhar com vistas à percepção das delicadezas e grandezas do cosmo material. Descobrir o encanto da singela poesia das coisas é a chegada de um longo percurso. Interiorização e exteriorização, Maria e Marta, iluminação e cotidiano, tribulações e alegrias não são nada excludentes. A religação de tais extremos serve para revelar a dádiva da vida e enfrentar qualquer dificuldade com um otimismo entusiasmado e nada ingênuo. A ascese do desprendimento, depois de descartar dependências e vícios, vai recuperar redobradamente o que havia renunciado, não num prometido além, mas na eternidade do instante.






 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


A grande síntese: síntese e solução de problemas da ciência e do espírito

UBALDI, Pietro. A grande síntese: síntese e solução de problemas da ciência e do espírito.Tradução: Mário Corbioli. São Paulo: Lake, 19-?.

 

 

 

Este livro tem a chave da redenção da humanidade. Nele se encontra a síntese do saber nos campos da ciência (não agnóstica), da filosofia (não partidária), da religião (não sectária). Porque os seres nascem, vivem e morrem e qual o destino de cada um neste mundo e no outro? São perguntas respondidas nessa obra monumental. A evolução da forma e da substância é o objetivo central de A Grande Síntese. O Autor revelou o profundo elo de ligação entre essas duas formas, e convida o leitor a fazer uma longa viagem desde o átomo até o super-homem.

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os megaeventos e a cidade: perspectivas críticas

VAINER, Carlos; BROUDEHOUX, Anne Marie; SÁNCHEZ, Fernanda; OLIVEIRA, Fabrício Leal de (orgs.). Os megaeventos e a cidade: perspectivas críticas. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2016. 502 p.

 

Nos últimos anos, megaeventos – especialmente a Copa do Mundo, as Olimpíadas e exposições internacionais – puseram em ação todos os tipos de capital, reconfiguraram escalas territoriais de poder e produziram uma retórica sobre competitividade, urbanismo e cidades globais que proclama uma convergência entre interesses públicos e privados.



                                                                                                                        

 

 

                                 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Memorial Orgânico: (uma proposta para o Brasil em meados do século XIX)

VARNHAGEN, Francisco Adolfo de. Memorial Orgânico: (uma proposta para o Brasil em meados do século XIX). Brasília: FUNAG, 2016. 228 p.


 

Em 2016, ao ensejo do bicentenário do nascimento de Francisco Adolfo de Varnhagen, a FUNAG organizou com o IHGB uma série de atividades para estimular a pesquisa sobre o pensamento e a ação desse renomado historiador e homem público, integrante da chancelaria brasileira. Nesse contexto, a Fundação reedita, tal como revisto pelo próprio autor, em 1850, o Memorial Orgânico, posteriormente definido como “uma proposta para o Brasil em meados do século XIX”. Trata-se da obra que melhor traduz a reflexão de Varnhagen sobre os graves desafios que o então Império do Brasil enfrentava. O trabalho representa aspecto importante do seu pensamento estratégico e geopolítico, além da contribuição do diplomata oitocentista à modernização do País. Esta edição é enriquecida pelo criterioso ensaio analítico do professor Arno Wehling, presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estado, História, Memória: Varnhagen e a construção da identidade nacional

WEHLING, Arno. Estado, História, Memória: Varnhagen e a construção da identidade nacional. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. 242 p.

 

 

 

Contribuição valiosa para o estudo do pensamento histórico brasileiro em suas últimas relações com as estruturas do poder. O autor procura, a partir da análise da obra de Varnhagen, reconstituir o papel atribuído ao conhecimento histórico no processo de afirmação do Estado e da nação brasileira no Segundo Reinado.