Destaques da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde
Tempos Críticos: trajetórias e perspectivas da Atenção Primária à Saúde
PAIVA, Carlos Henrique Assunção (org.) et al. Tempos Críticos: trajetórias e perspectivas da Atenção Primária à Saúde. Rio de Janeiro: FAPERJ, 2019.
“Tempos Críticos: trajetórias e perspectivas da Atenção Primária à Saúde no Estado do Rio de Janeiro” reúnem relatos de alguns dos personagens centrais na construção de ideias, políticas e programas no campo da APS no Estado do Rio de Janeiro. O livro é fruto de uma parceria entre o Programa de Pós-graduação em Saúde da Família (Unesa), o Observatório História e Saúde (COC/Fiocruz) e a Faculdade de Enfermagem da UERJ. A obra é parte das atividades programadas pelo ’Seminário Testemunho História da Atenção Primária no Estado do Rio de Janeiro’, realizado nas dependências da Universidade Estácio de Sá em março de 2019. A obra organiza os debates e depoimentos do seminário em três eixos temáticos: 1) experiências embrionárias em Atenção Primária; 2) a era do Programa Saúde da Família/Estratégia Saúde da Família; e 3) Perspectivas para a Atenção Primária. O livro representa uma contribuição para a memória e para uma compreensão da trajetória das políticas de saúde, com foco na APS, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro.
Na fronteira da Medicina: um médico no interior da Amazônia
BONOW, Germano Mostardeiro. Na fronteira da Medicina: um médico no interior da Amazônia. Porto Alegre: Medianiz, 2015.
Convivendo com lembranças que vêm e vão, há um bocado de imagens e vivências que permanecem vivas na memória, inspirando e alicerçando a narrativas pessoais. Muitos relatos originados dessa memória viva têm o dom de produzir histórias ricas que suscitam novas histórias. Desse forte repertório de imagens e vivências, algumas pessoas constroem a sua trajetória. São essas imagens, que não se diluíram ao longo dos anos, que Germano Mostardeiro Bonow traz ao leitor no livro Na fronteira da medicina: um médico no interior do Amazonas (1969-1970). Resultam da experiência do médico recém-formado vivendo uma prática de saúde pública em Benjamin Constant, município situado na tríplice fronteira do Brasil com Peru e Colômbia, às margens do Solimões.
Salud, enfermedad y Medicina en el Franquismo
PORRAS GALLO, María Isabel. MARIÑO GUTIÉRREZ, Lourdes. CABALLERO MARTÍNEZ, María Victoria (coords.). Salud, enfermedad y Medicina en el Franquismo. Madrid: Catarata, 2019.
O livro faz um diagnóstico da situação e da evolução da saúde durante o período Franco e a Transição. Temas como o relacionamento entre a psiquiatria oficial e a ideologia do regime em suas diferentes fases são abordados ao longo de seus capítulos. Da mesma forma, é explorada a relação entre a Espanha e a Organização Mundial da Saúde, mostrando o impacto do estabelecimento de programas colaborativos no cuidado de bebês prematuros e no combate a doenças infecciosas e a evolução histórica da estrutura sanitária espanhola com o estabelecimento das zonas de demonstração de saúde e criação da Rede Nacional de Hospitais, bem como a ideologia após o processo de regionalização da saúde, uma vez promulgada a Constituição de 1978.
As artes de curar em um manuscrito jesuítico inédito do Setecentos: o Paraguay Natural Ilustrado do padre José Sánchez Labrador (1771-1776)
FLECK, Eliane Cristina Deckmann (org.). As artes de curar em um manuscrito jesuítico inédito do Setecentos: o Paraguay Natural Ilustrado do padre José Sánchez Labrador (1771-1776). [São Leopoldo, RS]: Oikos; UNISINOS, 2015.
A obra Paraguay Natural Ilustrado, que se manteve inédita até este momento, foi escrita por Sánchez Labrador, entre 1771 e 1776, durante seu exílio na Itália. Ao longo de seus tomos e capítulos o padre jesuíta nos revela muito sobre suas motivações e sobre o processo de escrita da obra em meio às atividades diárias junto aos indígenas (no Paraguai). O livro compõe-se da transcrição das Partes Segunda, Terceira e Quarta e de reflexões no texto introdutório (da organizadora) - que se deteve nas virtudes medicinais de plantas nativas americanas, das pedras bezoares e de certos insetos e nas evidências da circulação e apropriação de saberes europeus e nativos. É obra interessantíssima para pesquisadores de História, Geografia, Biologia, Arqueologia, Geologia e Paleontologia, Linguística, Medicina e Farmácia.
Cartografias da cidade (in)visível: setores populares, cultura escrita, educação e leitura no Rio de Janeiro imperial
VENANCIO, Giselle Martins; SECRETO, María Verónica; RIBEIRO, Gladys Sabina (orgs.). Cartografias da cidade (in)visível: setores populares, cultura escrita, educação e leitura no Rio de Janeiro imperial. Rio de Janeiro: Mauad X; Faperj, 2017.
Esta obra questiona a exclusão das classes populares em relação à cultura escrita, no Rio de Janeiro, durante o século XIX. Enfocando práticas de escrita e letramento dos pobres, este livro delineia um quadro renovado, revelando as estratégias de inclusão da maioria excluída e destacando casos excepcionais, como Machado de Assis e Lima Barreto, que eram produtos do sistema escolar do Império, menos excludente do que supomos.
Pensando o Rio: políticas públicas, conflitos urbanos e modos de habitar
LIMA, Roberto Kant de. MELLO, Marco Antonio da Silva; FREIRE, Leticia de Luna (orgs.). Pensando o Rio: políticas públicas, conflitos urbanos e modos de habitar. Niterói: Intertexto, 2015.
Este livro reúne onze textos relacionados a pesquisas desenvolvidas em diferentes áreas da capital (Zonas Sul e Norte) e da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (Niterói e São Gonçalo. Apesar da diversidade de campos empíricos e de perspectivas de análise, todos, de algum modo, abordam a relação entre políticas públicas, conflitos urbanos e os distintos modos de habitar a cidade, seja através de antigas práticas como a remoção de favelas e realocação dos moradores em conjuntos habitacionais, seja através das mais recentes formas de intervenção do poder público nesses espaços, como a implantação do Programa de Aceleração Crescimento e das Unidades de Polícia Pacificadora, seja, ainda, através do enobrecimento de determinados bairros como efeito da política urbana mercantilista mais ampla em curso no Rio de Janeiro. Além desses textos inéditos, o livro apresenta, como apêndice, uma versão revista do artigo “Lições da rua: o que um racionalista pode aprender no Catumbi”.
D. João VI e o Oitocentismo
FERREIRA, Tânia Maria Tavares Bessone da Cruz (org.) et al. D. João VI e o Oitocentismo. Rio de Janeiro: Contra Capa; Faperj, 2011.
No intuito de mapear o período joanino, sem esquecer antecedentes e desdobramentos, os ensaios alinham-se em seis grandes eixos-seções: Vida Econômica e Imprensa Oitocentista, Letras, Leituras e Ciências do Oitocentos, Cultura, Sociedade e Interpretações do Brasil, Arte no Reino do Brasil, Vozes femininas no Brasil joanino e As faces do Rei.
Beneficência Portuguesa: a primeira sociedade de socorros mútuos do Rio Grande do Sul
SERRES, Juliane C. Primon. Beneficência Portuguesa: a primeira sociedade de socorros mútuos do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora PUC-RS, 2010.
Desde que o Museu de História da Medicina passou a ocupar parte do edifício de Beneficência Portuguesa, procuramos estudar a sua história por entender que foi e é um importante hospital da cidade. Recuperar sua memória contribui para compreender a história da medicina no Rio Grande Sul.
Conservação: conceitos e práticas
MENDES, Marilka (org.) et al. Conservação: conceitos e práticas. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2001.
Concebido com o objetivo de contribuir para a criação de uma nova mentalidade voltada para a conservação dos bens culturais, o livro reúne textos de vários especialistas que abordam conceitos e procedimentos e oferecem conhecimentos úteis à conservação de artefatos, aplicáveis a qualquer tipo de acervo ou específicos para cada caso.
Prata da Casa: fotógrafos e fotografia no Rio de Janeiro (1950-1960)
LOUZADA, Silvana. Prata da Casa: fotógrafos e fotografia no Rio de Janeiro (1950-1960). Niterói: Editora da UFF, 2013.
Este livro leva o leitor a uma viagem pela fotografia de imprensa em um dos períodos mais ricos do jornalismo brasileiro. Não se atém apenas às páginas dos jornais, examinando ainda o lugar reservado para o fotógrafo e para a fotografia nas leis que regulamentam a profissão de jornalista e nos currículos dos cursos de jornalismo.