Destaques da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde
Clínica, laboratório e eugenia: uma história transnacional das relações Brasil-Alemanha
MUÑOZ, Pedro. Clínica, laboratório e eugenia: uma história transnacional das relações Brasil-Alemanha. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2018.
Analisa as relações estabelecidas entre psiquiatras, neurologistas e eugenistas brasileiros e alemães na primeira metade do século XX. Por meio de uma história transnacional, o autor demonstra que os médicos brasileiros e alemães estiveram inseridos em redes intelectuais responsáveis por um intercâmbio de pessoas e saberes, mas também de práticas científicas e projetos políticos. as trocas científicas e culturais analisadas serviram como ponto de partida para uma reflexão sobre três diferentes discursos biológicos da medicina mental teuto-brasileira: a clínica, o laboratório e a eugenia. o resultado dessa reflexão revela uma complexa trama que subjaz a chamada psiquiatria organicista. Tomando o contexto da Primeira Guerra Mundial como divisor de águas nas relações entre Europa e América Latina, o autor aponta de que forma e por qual motivo as comunidades científicas do Brasil e da Alemanha se aproximaram e quais foram os conhecimento e modelos institucionais da medicina mental que circularam entre os dois lados do Atlântico durante este período (AU).
Difference and disease: medicine, race, and the eighteenth-century british empire
SETH, Suman. Difference and disease: medicine, race, and the eighteenth-century british empire. Cambridge: Cambridge University Press, 2018.
Before the nineteenth century, travellers who left Britain for the Americas, West Africa, India and elsewhere encountered a medical conundrum: why did they fall ill when they arrived, and why - if they recovered - did they never become so ill again? The widely accepted answer was that the newcomers needed to become 'seasoned to the climate'. Suman Seth explores forms of eighteenth-century medical knowledge, including conceptions of seasoning, showing how geographical location was essential to this knowledge and helped to define relationships between Britain and her far-flung colonies. In this period, debates raged between medical practitioners over whether diseases changed in different climes. Different diseases were deemed characteristic of different races and genders, and medical practitioners were thus deeply involved in contestations over race and the legitimacy of the abolitionist cause. In this innovative and engaging history, Seth offers dramatically new ways to understand the mutual shaping of medicine, race, and empire (AU).
O vírus e a cidade: rastros da gripe espanhola no cotidiano da cidade de Belém (1918)
ABREU JUNIOR, José Maria de Castro. O vírus e a cidade: rastros da gripe espanhola no cotidiano da cidade de Belém (1918). Belém: Paka tatu, 2018.
O presente livro procura recuperar as várias dimensões da epidemia de 1918 que aconteceu os moradores da cidade de Belém. Por um lado, deixou claro os conflitos no interior da classe médica, desnudando as divergências acerca do tratamento e da profilaxia da doença, demonstrando que os esculápios estavam longe de uma homogeneidade. Por outro lado, recupera o protagonismo dos saberes populares no enfrentamento da epidemia, com a oferta de serviços nas artes de curar pelos curandeiros, pajé, benzedeiras e o que mais houver - e diga-se, sempre preferidos pela população. Neste mundo amazônico, os médicos foram obrigados a dialogar com uma tradição popular de cura. Os capítulos abordam a pandemia de 1918, a chegada da gripe em Belém, as práticas culturais e estratégias para enfrentamento e a atuação de médicos frentes aos doentes e óbitos (AU).
A public health odyssey: prevention is better than cure: and much cheaper
BROWN, Arthur Edward. A public health odyssey: prevention is better than cure: and much cheaper. Norfolk: Brown Books, 2005.
This autobiography is centred on that part of my life in which I was associated with the World health organization. The official histories of WHO seem to have exhausted the Organization's interest in its history for there have been no others. They are excellent reference books but they do not entertain. They repose on the shelves of libraries to be occasionally consulted. There is little dais of the lesser folk who laboured in WHO's service in those early days and who played their part in its birth and infancy. having put itself on the map,as it were, it left others to carry on the story. This account is about me, other real people, their situations and their doings as well as about the early days of the World Health Organization. It is the human side of those two official histories (AU).
Barões do café e sistema agrário escravista: Paraíba do Sul/ Rio de Janeiro (1830-1888)
FRAGOSO, João. Barões do café e sistema agrário escravista: Paraíba do Sul/ Rio de Janeiro (1830-1888). Rio de Janeiro: 7Letras; Faperj, 2013.
Analisando documentos seriados como inventários, escrituras públicas e livros de batismo, o autor oferece uma importante contribuição à historiografia do sistema agrário escravista brasileiro.
Psicanálise e saúde: entre o Estado e o sujeito
BARROS, Rita Maria Manso de; Darriba, Vinicius Anciães (orgs). Psicanálise e saúde: entre o Estado e o sujeito. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2015.
Os textos aqui reunidos nasceram dos trabalhos apresentados no X Simpósio do Programa em Psicanálise da UERJ, realizado em outubro de 2013, que apresentam um conjunto de reflexões sobre a interlocução entre a psicanálise e as práticas e políticas públicas de saúde do país.
História da África e do Brasil afrodescendente
SANTOS, Ynaê Lopes dos. História da África e do Brasil afrodescendente. Rio de Janeiro: Pallas, 2017.
Esta publicação, resultado de extensa pesquisa e concebida como ferramenta didática, nasce como referência na área de estudos de História Geral, da África e do Brasil. Cobre um período desde a Antiguidade até os tempos atuais, apresentando as sociedades africanas em sua diversidade e destacando a importância da contribuição africana para a formação do Brasil.
Rio de Janeiro: um território em mutação
SANTOS, Angela Moulin S. Penalva; MARAFON, Glaucio José; SANT'ANNA, Maria Josefina Gabriel. Rio de Janeiro: um território em mutação. Rio de Janeiro: Gramma; Faperj, 2012.
O Estado do Rio de Janeiro passa por um momento de grande vitalidade. Os artigos aqui reunidos têm como principal função permitir que tais leituras permitam avançar na reflexão sobre os desafios que enfrentamos e os que possam emergir desse momento de transformação na estruturação social e econômica do território fluminense.
Anticoncepción, mujeres y género: la píldora en España y Polonia (1960-1980)
IGNACIUK, Agata; ORTIZ GÓMEZ, Teresa. Anticoncepción, mujeres y género: la píldora en España y Polonia (1960-1980). Madrid: Catarata, 2016.
Pocos medicamentos existen que superen en influencia social a la pildora que, desde mediados del siglo veinte, ha ayudado a redefinir el significado de la anticoncepción y de la sexualidad. Este libro estuda cómo se introdujo, se usó y se explicó, entre 1960 y 1980, en dos países sometidos a sendas dictaduras, pero ambos con una fuerte influencia católica. Para ello examina, desde la historia social y cultural y la historia de género, los discursos, los debates y las prácticas generados de forma simultánea en el mercado farmacéutico, la profesión médica, los medios de comunicación y entre las mujeres usuarias, y lo hace de manera comparada entre ambos mundos. Se adentra así en una fascinante indagación sobre la memoria y sobre la desigualdad social de las mujeres, a la vez que reivindica la agencia de estas sobre su cuerpo (AU).
Hospitais e saúde no oitocentos: diálogos entre Brasil e Portugal
MIRANDA, Cybelle Salvador; COSTA, Renato da Gama-Rosa (Orgs.). Hospitais e saúde no oitocentos: diálogos entre Brasil e Portugal. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2018.
A proposta deste volume ancora-se no estudo do neoclassicismo, mais especificamente na sua aplicação aos hospitais construídos no século XIX, tanto no Brasil quanto em Portugal, na sua maioria adaptada ao modelo de arquitetura assistencial existente à época. Associados às funções das entidades beneméritas, como as Misericórdias e as Beneficências Portuguesas, poucos eram os hospitais construídos de raiz ou projetados para tal fim. Assim, o livro sintetiza estudos sobre arquitetura, urbanismo e patrimônio cultura e saúde (AU).
