Destaques da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde
Hanseníase: a voz dos que sofreram o isolamento compulsório.
NASCIMENTO, Raimundo do; Marques, Vera Regina Beltrão. Hanseníase: a voz dos que sofreram o isolamento compulsório. Curitiba: Ed.UFPR, 2011. 301 p
Hanseníase: a voz dos que sofreram o isolamento compulsório propõe novas interpretações a partir daqueles que efetivamente sofreram a doença e o estigma por ela produzido. Trata-se de uma coletânea que reúne ensaios nos quais se ordenam as memórias e as experiências dos doentes. O isolamento compulsório que, num determinado momento, foi visto como a solução cientifica para o controle da lepra é o fio que conduz as narrativas nos diferentes trabalhos aqui reunidos. Seus capítulos fazem um uso refinado da teoria, mas sem pretensões teorizantes, sem buscar vestir o passado com o espartilho de um modelo analítico preciso, apoiando-se, antes, em um sólido trabalho empírico, no qual dialogam fontes primárias de diversos tipos com trabalhos e ensaios provenientes das ciências sociais e humanas. Sem dúvida, este livro é um exemplo bem sucedido do que a história sociocultural das doenças vem oferecendo (AU).
Arquitectura de Serviços Públicos em Portugal: os internatos na justiça de menores 1871-1978.
VIEIRA, João; ALÇADA, Margarida; BARREIROS, Maria Helena.(Coord) Arquitectura de Serviços Públicos em Portugal: os internatos na justiça de menores 1871-1978. Lisboa : IHRU, 2009. 295 p
Julgamos que aspirar a conhecer uma sociedade não pode dispensar o estudo dos espaços que ela produz e nos quais desenvolve as suas atividades. Reciprocamente, a produção de conhecimento científico sobre a arquitetura implica entender a sociedade que a constrói e que nela vive, os modos como o faz, os poderes que através dela se manifestam. Para o conseguir precisamos usar as ferramentas metodológicas mais adequadas, derrubando as barreiras entre as disciplinas acadêmicas convencionais, ultrapassando os estreitos preconceitos corporativos. Este foi um dos principais objetivos do projecto de investigação Arquitectura dos Serviços Públicos no Século xx em Portugal - Arquitectura Judicial e Prisional, desenvolvido entre 2003 e 2006. A partir da antiga Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, a instituição oficial, entretanto extinta, que durante sete décadas foi responsável pela condução dos processos de concepção e construção dos edifícios públicos entre nós, pretendeu lançar-se um olhar sistemático, multidisciplinar, profundo e rigoroso sobre essa prática. Com a consciência do extraordinário manancial de informação que os arquivos ainda guardam, do défice de conhecimento efetivo que lhe corresponde, e do risco de desaparecimento de conhecimentos sedimentados ao longo de gerações, o trabalho foi desenvolvido com um sentido seminal, como exemplo a requerer continuidade e réplicas. O presente livro resulta desse processo e pretende assumir-se como um contributo para a compreensão do país que fomos e daquilo que quisemos ser, um passo no entendimento da realidade dos nossos dias e das interrogações que nos assaltam na construção do futuro. (AU)
Sistema arquitectónico de pabellones em hospitales de América Latina.
SERVÍN, Maria Lilia González. Sistema arquitectónico de pabellones em hospitales de América Latina. México: UNAM, 2011.232 p.
EI presente trabajo fue auspiciado por Ia Universidad Nacional Autónoma de México, a través deI Programa de Apoyo a Proyectos de Investigación e Innovación Tecnológica (PAPllT), que fomenta la Dirección General de Asuntos deI Personal Académico (DGAPA); producto de Ia integración y participación de investigadores y arquitectos de distintos sitios de América Latina, con Ia intención de contribuir aI desarrollo de Ia historia de Ia arquitectura de hospitales y a Ias ideas de Ia arquitectura bioclimática. Aunque no todos Ios países de América Latina participan en eI presente estudio, se sabe de Ia existencia de nosocomios en Ia región que se proyectaron en pabellones. A Ios países que formamos América Latina, nos unen Ia historia, Iazos evolutivos, como Ias independencias que nos abrieron eI camino a una modernidad. No obstante que estas no se llevaron al mismo tiempo en toda Ia región, pues unas se iniciaron al despuntar eI siglo XIX y otras se lograron mucho tiempo después. Aún Ios desfases temporaIes, Ias naciones mantuvieron Ia misma convicción de independizarse deI dominio, explotación e intervencionismo de Ias coronas europeas; a estas calamidades, hay que incluir Ias luchas contra Ias condiciones epidemiológicas que han dejado saldos altos de mortalidad, que también nos hermanan. Nos identifican Ios patrones culturales, Ios modelos económicos que adoptamos, incluyendo medidas y programas sociales como Ia política de salud que Ios gobiemos implementaron a finales deI siglo XIX y principio deI XX. Tanto así que se enlazaron esfuerzos en Ia participación de congresos médicos y sanitaristas, con Ia comprensión de atender a Ia salud como parte de Ias necesidades sociales. EI siglo XIX fue protagonista de cambios muy significativos en Ia vida de Ias naciones de América Latina. Arrancar Ia tuteIa de Europa y tomar Ia decisión de transitar de manera independiente hacia donde apuntaban Ios vientos de Ia modernidad, hizo que Ios gobiemos republicanos, en parte movidos por Ios frutos de bonanza que había dotado Ia revolución industrial a otras naciones, así como por Ias ideas progresistas que se abonaron con Ias reformas borbónicas (1750-1800), entre otras consideraciones, se inició eI proceso independentista. (AU)
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