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Destaques da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde

Ditadura e transição democrática no Brasil: o golpe de Estado de 1964 e a (re)construção da democracia.

STAMPA, Inez; RODRIGUES, Vicente. Ditadura e transição democrática no Brasil: o golpe de Estado de 1964 e a (re)construção da democracia. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2016.

 

 

 

  

Entre 1964 e 1985 a ditadura interferiu, ora de forma velada, ora de forma brutal, na vida social, política, econômica e cultural da sociedade brasileira. O golpe estabeleceu no Brasil uma ditadura que permaneceu até 1985. E esse é um aspecto interessante, pois há uma geração, principalmente a nascida após a década de 1990 que, de forma geral, tem poucas informações sobre o regime de exceção, e outra, que passou pelo período da ditadura, e, também de forma geral, olha para a nossa democracia como um processo em construção. A proposta desta coletânea é apresentar diferentes reflexões sobre o regime de exceção estabelecido, no Brasil, no período de 1964-1985, bem como debater o processo de transição democrática que ocorreu - ou vem ocorrendo - em nosso país, valorizando, também, a utilização de fontes documentais do período. Busca-se, com isso, lançar luz sobre esse período sombrio da história do Brasil, promovendo, por outro lado, uma análise crítica do processo de construção da democracia brasileira. Os artigos buscam demonstrar, também, que durante a ditadura muitos trabalhadores, estudantes, intelectuais, artistas, religiosos, militares progressistas e outras pessoas de vários setores da sociedade lutaram pelo restabelecimento da democracia. Durante a luta, milhares de pessoas foram presas e torturadas, centenas foram mortas e muitas delas, até hoje, continuam desaparecidas. (Au.)

 

 

 

 

 

 

   

 

Profissionalização da enfermagem brasileira.

MOREIRA, Almerinda; OGUISSO, Taka. Profissionalização da enfermagem brasileira. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

 

 

 

 

 

  

  

 

O livro representa um estudo de natureza histórica com o objetivo de resgatar as origens da profissionalização da Enfermagem no Brasil, sob a ótica da escolarização dos enfermeiros, a partir da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras (EPEE), hoje Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP), da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), instituição pioneira na formação desses profissionais no País. Durante a pesquisa, foi descoberta documentação inédita para a historiografia da enfermagem. O recorte temporal compreende o período de 1890 a 1920. A metodologia utilizada baseou-se na análise de documentos, sobretudo textuais, destacando-se entre eles: atas, relatórios, livros didáticos, lista de frequência do curso, periódicos e revistas científicas. O resultado final evidenciou a importância da diversificação de fontes de pesquisa pelo pesquisador; mostrou que a trajetória da enfermagem nos diversos países pesquisados apresentou uma interface similar do ponto de vista histórico-social; que o cenário onde o profissionalismo da enfermagem teve início foi a EPEE, instalada no Hospital Nacional de Alienados, a primeira escola oficial de enfermagem do País, e que essa instituição de ensino exerceu uma grande e positiva influência na sociedade brasileira. (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

    

Psychoanalyse in Brasilien: historische und aktuelle erkundungen.

SANTOS-STUBBE, Chirly do; THEISS-ABENDROTH, Peter; STUBBE, Hannes. (Orgs.). Psychoanalyse in Brasilien: historische und aktuelle erkundungen. Berlin: Psychosozial-Verlag; 2015.

 

 

 

 

 

 

 

O Brasil foi o primeiro país de língua portuguesa, que a psicanálise foi integrada oficialmente na medicina. A sociedade brasileira é cunhada pela diversidade étnica e por uma enorme extensão de desigualdade socioeconômica. [...] Esta obra apresenta a história da psicanálise no Brasil de 1914 a até o presente. A partir da análise de renomados especialistas brasileiros e alemães que tratam deste tema, Trata-se da  primeira tese psicanalítica no espaço lusófono sob a influência de psicanalista alemão e a psicoterapia com emigrantes brasileiros. (Au.)

 

 

 

 

 


 

 

 

 

APUBH 20 anos: história oral do movimento docente da UFMG.

MAIA, Andréa Casa Nova. APUBH 20 anos: história oral do movimento docente da UFMG. Belo Horizonte: APUBH, 1998..

 

 

  

  

 

Há duas décadas, quando ressurgiam e se gestavam inúmeros movimentos sociais pelo país, assistiu-se também a uma intensa mobilização dos professores universitários. Eram reuniões, assembléias e encontros, que se realizavam em todos os Estados, nos quais, conjugando sonhos e imagens do real, professores debatiam e discutiam, como integrantes de uma nova realidade, o movimento docente das instituições de ensino superior. O presente trabalho de pesquisa visou, num primeiro momento, a reconstituir o processo de formação e percursos iniciais do movimento docente em um locus específico: a UFMG. Sem dúvida, há uma íntima relação entre suas ações constitutivas e o surgimento do movimento nacional. [...] O segundo objetivo deste trabalho foi o de permitir um conhecimento sobre a fundação e trajetória da Associação dos Professores Universitários de Belo Horizonte - APUBH. Tal fundação, há 20 anos, verificou-se em decorrência do movimento docente emergente no período. [...] Afinal, 20 anos não é pouco tempo de vida para uma entidade, como ficou evidente na massa documental produzida por seus integrantes. (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Progressive mothers, better babies: race, public health, and the state in Brazil, 1850-1945

OTOVO, Okezi  T. Progressive mothers, better babies: race, public health, and the state in Brazil, 1850-1945. University of Texas Press: Austin, 2016.

 

 

 

 

 

 

 

Progressive Mothers, Better Babies investigates families, medical institutions, statebuilding, and social stratification to trace the resulting policies, which gathered momentum in the aftermath of abolition (1888) and the declaration of the First Republic (1889), culminating during the administration of President Getúlio Vargas (1930-1945). Exploring the cultural discourses on race, gender, and poverty that permeated medical knowledge and the public health system for almost a century, Okezi T. Otovo draws on extensive archival research to reconstruct the implications for Bahia, where family patronage politics governed poor women's labor as the mothers who were the focus of medical interventions were often the nannies and nursemaids of society's wealthier families. The book reveals key transition points as the state of Bahia transformed from being a place where poor families could expect few social services to becoming the home of numerous programs targeting the poorest mothers and their children. Negotiating crucial questions of identity, this history sheds new light on larger debates about Brazil's past and future.  (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Proteção à privacidade e acesso às informações em saúde: tecnologias, direitos e ética.

KEINERT, Tania Margarete Mezzomo et al. (Org.). Proteção à privacidade e acesso às informações em saúde: tecnologias, direitos e ética. São Paulo: Instituto de Saúde; 2015.

 

 

  

  

 

Esta obra é fruto do esforço coletivo de professores, pesquisadores e estudiosos desta complexa temática da privacidade das informações em saúde, os quais realizam uma pertinente reflexão sobre o paradoxo da sociedade contemporânea, marcada pela extrema velocidade dos avanços tecnológico- informacionais, por um lado e, por outro, pela ausência de uma efetiva cidadania "eletrônica". Seu objetivo é abordar fragilidades, proteção e ampliação do direito à privacidade dos cidadãos. A ênfase recai sobre os dados pessoais em saúde - "dados sensíveis" - que, quando utilizados aeticamente, podem acarretar prejuízos para os cidadãos-usuários dos serviços de saúde, tais como situações de discriminação e invasão da intimidade. Este livro amplia o debate sobre a necessidade de um pacto ético, jurídico, tecnológico e educacional para a proteção e ampliação do direito humano e fundamental à privacidade. (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Saúde e políticas sociais no Rio de Janeiro.

GERSCHMAN, Silvia; SANTOS, Angela Moulin S. Saúde e políticas sociais no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2016.

 

 

 

 

 

 

 

Este livro reúne três conjuntos de capítulos. O primeiro trata da dinâmica territorial e socioeconômica, assim como das tendências da economia fluminense, mostrando seus limites e possibilidades. O segundo compreende três estudos sobre a política de saúde no estado do Rio de Janeiro, com foco no Sistema Único de Saúde (SUS). O terceiro é formado por três capítulos sobre as políticas urbana, de habitação e de saneamento. Os conjuntos se articulam com base no pressuposto de que o estudo de políticas públicas deve levar em conta as condições do desenvolvimento econômico e social, o território onde elas ocorrem e a intersetorialidade, ou seja, a relação entre diferentes políticas. Essa é a ideia básica, e original, que orientou a seleção dos capítulos e a organização do livro. As organizadoras conclamam outros estudiosos de políticas sociais a aderir a essa ideia. Saúde e Políticas Sociais no Rio de Janeiro destaca-se pelo seu foco em um estado da federação. Não pela importância do estado do Rio, ou por outra razão particular, mas pela relevância de pesquisas nesse nível de governo para a melhor compreensão das próprias políticas.  (Argelina Cheibub Figueiredo - Professora do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Civilizando as artes de curar: Chernoviz e os manuais de medicina popular do Império.

GUIMARÃES, Maria Regina Cotrim. Civilizando as artes de curar: Chernoviz e os manuais de medicina popular do Império. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2016.

 

 

  

  

 

Neste livro, que interessará igualmente ao especialista e ao curioso, sua autora analisa um dos aspectos ainda pouco conhecidos do processo de institucionalização da cultura médica acadêmica no Brasil imperial: o papel desempenhado pelos compêndios de medicina popular. Tanto na escolha do tema quanto na abordagem, Regina Cotrim nos oferece uma contribuição muito importante sobre aspectos até aqui negligenciados pelos estudiosos que buscam compreender como nossos antepassados deram respostas individuais ou coletivas ao sofrimento físico e psíquico e buscaram definir e alcançar um padrão de saúde. Como vai ficar claro para o leitor, muito mais que a educação médica regular, esses manuais foram o principal instrumento de penetração de saberes e práticas sancionados pelas instituições médicas oficiais no cotidiano da maioria daquela população dispersa pelo imenso território. (Flavio Coelho Edler - Professor e pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz, Fiocruz.)

 

 

 

 

 

 

 

 

A erradicação do Aedes aegypti.

MAGALHÃES, Rodrigo Cesar da Silva. A erradicação do Aedes aegypti. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2016. (Coleção História e Saúde)

 

 

 

 

 

 

 

Vivemos em tempos de epidemias, de novas doenças e de antigas mazelas, tais como a febre amarela, a dengue, a chicungunha e a zika. Todos estas têm em comum o vetar de transmissão o mosquito Aedes aegypti, que trágica e dramaticamente parece ter sido incorporado ao nosso cotidiano neste século XXI. Contudo, nem sua incômoda presença nem a busca por soluções são recentes. Neste livro se analisa, de modo cuidadoso, rigoroso e muito bem assentado num expressivo e diversificado conjunto de arquivos, fontes documentais e bibliográficos - pesquisados no Brasil e nos Estados Unidos - justamente a história das tentativas de controle e erradicação desse mosquito - seus sucessos e fracassos - no Brasil e no continente americano ao longo do século XX, em particular no pós-Segunda Guerra Mundial. Rodrigo Cesar Magalhães nos apresenta criticamente a pouco conhecida odisseia de profissionais da saúde pública de vários países governos, organizações filantrópicas, agências de cooperação e organizações multilaterais na luta contra a febre amarela, um dos maiores desafios da saúde internacional no século passado. Ideias, conflitos, acordos, política e, também administração, ciência e tecnologia foram, e ainda são, elementos cruciais nessa história incompleta. (Gilberto Hochman - Professor e pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz - Fiocruz.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

The mind of modernism: medicine, psychology, and the cultural arts in Europe and America, 1880-1940.

MICALE, Mark S. The mind of modernism: medicine, psychology, and the cultural arts in Europe and America, 1880-1940. Stanford University: Stanford, 2004.

 

 

  

  

 

This vanguard collection of original and in-depth essays explores the intricate interplay of the aesthetic and psychological domains during the late nineteenth and early twentieth centuries and considers the reasons why a common Modernist project took shape when and in the circumstances that it did. These changes occurred precisely when the distinctively modern disciplines of psychology, psychiatry, and psychoanalysis established their "scientific" foundations and achieved the forms in which we largely know them today. This volume examines the dense web of connections joining the aesthetic and psychological realms in the modern era, charting historically the emergence of the ongoing modern discussion surrounding such issues as identity-formation, sexuality, and the unconscious. The contributors form a distinguished and diversified group of scholars, who write about a wide range of cultural fields, including philosophy, the novel and poetry, drama, dance, film and photography, as well as medicine, psychology, and the occult sciences. (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Meu encontro com os outros: memórias de José de Albuquerque, pioneiro da sexologia no Brasil.

CARRARA, Sérgio; CARVALHO, Marcos. Meu encontro com os outros: memórias de José de Albuquerque, pioneiro da sexologia no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2016.

 

 

 

 

 

 

 

Tive o prazer de acompanhar o primeiro encontro entre Pedro de Albuquerque e Sérgio Carrara, no apartamento do primeiro em Ipanema. Naquela oportunidade, Dr. Pedro mostrou-nos, além de outros tesouros da memorabilia de seu pai, o manuscrito de Meu Encontro com os Outros, autobiografia até então desconhecida. Nosso encantamento com as possibilidades oferecidas pelo material apresentado foi imenso. Em especial no caso de Sérgio, cuja pesquisa de doutorado sobre a história do combate à sífilis no Brasil o levara, muitos anos antes daquele encontro, ao estudo da sexologia brasileira do início do século XX e a José de Albuquerque. A partir daí, a publicação da autobiografia, sonho há muito tempo acalentado por seu filho, ganhou um aliado de peso. Pesquisador de renome no campo da sexualidade, Sérgio Carrara dedicou alguns anos à cuidadosa edição do manuscrito, com o competente auxílio de Marcos Carvalho e sempre em constante diálogo com Pedro, além da seleção de outros itens historicamente significativos da coleção deste último e que fazem parte desta publicação. A presente edição das memórias de José de Albuquerque é um documento de inegável valor para os que se dedicam à história da medicina e também dos saberes e práticas sobre a sexualidade no Brasil, por trazer à luz um personagem esquecido, ou pouco valorizado, nas histórias da medicina produzidas no país.  (Jane Russo - Pesquisadora do Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos  da UERJ.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O INCAvoluntário e suas histórias: a força da solidariedade.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. O INCAvoluntário e suas histórias: a força da solidariedade. Rio de Janeiro: Inca, 2015.

 

 

  

  

 

O Instituto caracteriza-se como órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e na coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil. Suas atividades compreendem a atuação em áreas estratégicas, como prevenção e detecção precoce, formação de profissionais especializados, desenvolvimento da pesquisa e geração de informação epidemiológica. Além disso, sob sua coordenação, encontram-se diversos programas nacionais para o controle do câncer. Ao mesmo tempo, o Instituto é um grande centro hospitalar direcionado à prestação de serviços para o SUS, que busca levar à população uma assistência oncológica integral, com qualidade e de forma integrada. Para isso, conta com um moderno centro diagnóstico de imagem e 413 leitos com doentes em tratamento. o desenvolvimento institucional do INCA e a busca incessante de seus profissionais por diferentes formas de ampliar e humanizar o tratamento de seus pacientes possibilitam o grande aperfeiçoamento de um conjunto de atividades baseadas numa forma específica de filantropia: o trabalho voluntário. (Au.)