Destaques da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde
História Pública no Brasil: sentidos e itinerários.
MAUAD, Ana Maria et al (Org.). História Pública no Brasil: sentidos e itinerários. São Paulo: Letra e Voz, 2016.
Toda e qualquer forma de conhecimento, tanto em sua dimensão epistemológica como em sua aplicação prática, ganha melhor e maior significado ao se tornar pública. Este sentido coletivo da produção do saber e do horizonte de suas práxis é muito importante na área da História. Nesse campo, a razão pública do conhecer tem em si valor inato, pois se refere à construção de identidades coletivas em seus movimentos diacrônicos e sincrônicos, realizados em lugares plenos de significados. [...] O presente livro, História Pública no Brasil: Sentidos e itinerários, organizado pelos historiadores Ana Maria Mauad, Juniele Rabêlo de Almeida e Ricardo Santhiago chega, portanto, em hora apropriada. Com certeza em muito contribuirá para a reflexão sobre o sentido público da memória coletiva e para o aprofundamento dos debates sobre a relevância do conhecimento histórico compartilhado por públicos diversos. (Lucília de Almeida Neves Delgado.)
História do Hospital Santa Cruz: Sociedade Brasileira e Japonesa de Beneficência Santa Cruz fundada em 1926.
CYTRYNOWICZ, Monica Musatti; CYTRYNOWICZ, Roney. História do Hospital Santa Cruz: Sociedade Brasileira e Japonesa de Beneficência Santa Cruz fundada em 1926. São Paulo: Narrativa, 2016.
A trajetória da Sociedade Brasileira e Japonesa de Beneficência Santa Cruz, ou Dojinkai, fundada em 1926, e do Hospital Santa Cruz, inaugurado em 1939, é um marco da história da imigração japonesa, da fundação e do desenvolvimento de uma comunidade nipo-brasileira no Estado de São Paulo e no país e, igualmente, da história dos hospitais, da medicina e da saúde no Brasil. Conforme conta em detalhes este livro, baseado em minuciosa pesquisa histórica em diversos arquivos e bibliotecas públicos e privados, em acervos pessoais e em depoimentos de alguns dos seus protagonistas, o Hospital Santa Cruz foi uma instituição central para o estabelecimento dos japoneses em São Paulo, porque cuidar da saúde dos imigrantes era condição para a própria sobrevivência dos colonos e de suas famílias. (Au.)
Rio de Janeiro 450: A fundação da cidade e seus marcos históricos: Largo da Misericórdia, 1565-2015.
SILLOS, Jacques. Rio de Janeiro 450: A fundação da cidade e seus marcos históricos: Largo da Misericórdia, 1565-2015. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson, 2015.
Nossa cidade do Rio de Janeiro vive um período especial: 450 anos após a sua fundação, estamos diante de intervenções urbanas notáveis em termos absolutos na nossa história. O local, de natureza singularmente aprazível e, ao mesmo tempo, útil como porto, foi priorizado pelos europeus desde o século XVI para a construção de fortes, igrejas, residências, engenhos, mosteiros e colégios. O dinamismo urbano foi acelerado pela vinda da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro por decisão do Marquês de Pombal e, mais ainda, pela transferência da sede do Reino de Portugal, em 1808. [...] Aprofundar as informações e a história urbanística do Rio de Janeiro, como ocorre neste livro, é uma atividade fundamental, assim como a obtenção dos recursos necessários e a boa gestão dos mesmos, que precedem as decisões que nos levarão aos próximos 450 anos de crescimento de uma metrópole complexa, sempre tendo em vista o aumento da qualidade de vida. (Au.)
Sertões adentro: viagens nas caatingas séculos XVI a XIX.
KURY, Lorelai Brilhante (Org.). Sertões adentro: viagens nas caatingas séculos XVI a XIX. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson, 2012.
As primeiras páginas de “Os sertões”, de Euclides da Cunha, podem ser compreendidas como uma viagem fantástica durante a qual se transita entre o Sul/Sudeste do País, região que era conhecida e estudada pela ciência, com suas terras propícias à vida, e o Norte/Nordeste, mais especificamente o Sertão, considerado um hiato, excepcional e selvagem, a terra ignota, marcada por uma natureza rude que a tornava evitada pelas "vagas humanas" em seus deslocamentos do litoral para o interior. As bandeiras dos paulistas desviavam nas suas bordas, buscando outros caminhos para Pernambuco, Piauí e Maranhão, enquanto os colonizadores baianos iam procurar nos rios perenes linhas de acesso mais praticáveis. [...] É dos Sertões e do conhecimento científico produzido sobre eles que trata este livro, Sertões adentro, organizado por Lorelai Brilhante Kury. (José Carlos Barreto de Santana.)
Mais médicos.
ALCÂNTARA, Araquém. Mais médicos. São Paulo: Terrabrasil, 2015.
O Programa Mais Médicos é hoje uma política de Estado, que conta com mais de 18 mil médicos, atendendo mais de 4 mil municípios em todos os estados. Cerca de 63 milhões de brasileiros - e justamente os que mais precisavam de atendimento médico pelo SUS - passaram, somente agora com o Mais Médicos, a contar com a atuação de equipes de Saúde da Família com a presença de médicos, que garantem atendimento básico e resolvem 80% dos problemas de saúde da população antes que se tornem graves. O livro que Araquém produziu capta e nos conta, de forma muito sensível, uma história de cumplicidade entre trabalhadores da saúde e a população. (Arthur Chioro – Ministro de Estado da Saúde.)