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FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

Destaques da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde

Santa Casa 200 anos: caridade e ciência

FRANCO, Sérgio da Costa. Santa Casa 200 anos: caridade e ciência. Porto Alegre: Ed. da ISCMPA, 2003.

 

 

 

  

Dentro da programação para assinalar, de modo indelével, o transcurso do bicentenário da fundação da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, foi incluída a publicação de um livro que ressaltasse, sem triunfalismos e sem pessimismo, mas com objetiva realidade, essa verdadeira epopéia de amor ao próximo desenvolvida pela nossa Santa Casa. A tarefa foi confiada a um dos melhores historiadores rio-grandenses, o Dr. Sérgio da Costa Franco, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, e contou com a colaboração do jornalista Ivo Stigger. O historiador, com a sua acuidade, realizou um magnífico trabalho de pesquisa consultando um vasto acervo documental em busca da verdade histórica, apreendendo com rara perspicácia os fatos. Trouxe-os, com a elegância habitual dos seus escritos, ao conhecimento dos leitores. E o jornalista, ocupando-se da crise, talvez a mais séria de sua história, passada pela Instituição nas duas últimas décadas, precisou os seus contornos, e, com a desenvoltura própria de quem se ocupa dos acontecimentos diários, referiu os esforços realizados, com êxito, para a sua superação. (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

HFSE em cena.

MORÍNIGO, Fábio Cupertino. HFSE em cena. Rio de Janeiro: Access, 2015.

 

 

 

 

  

  

 

Fábio Morínigo, mostra com maestria, toda a passagem do tempo, da história do HSE, compondo “retalhos”: As coisas não são porque são, elas sempre têm uma razão de ser. Fábio busca esta razão na sua essência, no seu princípio. Quando viajamos em encontros de congressos médicos, pelo país afora, sempre encontramos colegas, ex-residentes, querendo notícias do Hospital, saudosos do período de sua formação. Apesar das crises enfrentadas, esta casa tem sido uma grande formadora de gerações de especialistas em toda área da saúde, com programas de qualificação de excelência. Sua história precisa ser registrada e perpetuado seu espírito docente. Este Hospital nasceu com sentido docente-assistencial há mais de 50 anos. Hoje é consenso nos grandes centros médicos mundiais que assistência de qualidade está apoiada no tripé: assistência, ensino e pesquisa. Esta foi a concepção da fundação do HSE. Fábio mostra-nos toda esta trajetória, todo este caminho percorrido. Posso dizer que me realizo, em ouvir histórias e fazer parte da história desta Instituição a qual agradeço minha formação profissional. Enfim, convido-os a viajar através dos tempos neste caminho que Fábio nos proporciona. Quanto ao futuro do HSE, faço minhas as palavras de Neruda: "Minhas apostas no futuro, se baseiam nas sementes do presente" . (Luis Fernando R. Ferreira da Silva Júnior - Diretor da Divisão de Ensino e Pesquisa)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

    

Burocracia e implementação de Políticas de Saúde: os agentes comunitários na estratégia saúde da família.

LOTTA, Gabriela Spanghero. Burocracia e implementação de Políticas de Saúde: os agentes comunitários na estratégia saúde da família. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2015.

 

 

 

 

 

 

 

Burocracia e Implementação de Políticas de Saúde traz surpreendentes novidades para os campos das políticas públicas e da saúde coletiva. Neste livro, Gabriela Lotta nos conduz, com rigor e habilidade conceitual e metodológica, ao ainda pouco conhecido e explorado mundo da implementação das políticas e programas de saúde. A profícua bibliografia de análise de políticas de saúde no Brasil tem salientado as dimensões da formulação e, crescentemente, da avaliação. Menos atenção tem sido dada à fase da implementação e, menos ainda, ao papel dos atores nela envolvidos e seu impacto sobre o curso e os resultados das políticas. É justamente disso que trata este livro: da implementação de programas de saúde e dos seus atores, em particular daqueles que estão cotidianamente em contato com a população, do que influenciaria e constrangeria suas ações, suas decisões e sua discricionariedade e quais as consequências desses fatores para o próprio processo de implementação.  (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

Medicalização em Psiquiatria.

FREITAS, Fernando; AMARANTE, Paulo Freitas. Medicalização em Psiquiatria. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2015.

 

 

 

 

 

  

 

Muitos são os momentos na vida em que recorremos, de uma maneira ou de outra, a um médico, um psiquiatra, psicólogo ou a outro profissional da saúde. Quando estamos doentes, evidentemente. Não haveria aí nenhuma surpresa. Mas igualmente os buscamos quando queremos estar bem, ou quando queremos ficar ainda melhor. Agimos assim movidos pelo imperativo de que a "saúde é o bem-estar físico, mental e social". E para assegurar esse estado ideal (seria o mesmo que a felicidade?!), não medimos esforços. Uma das evidências mais imediatas do que representa esse imperativo de saúde, consagrado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a qual nos referimos anteriormente, é o lugar que o investimento em saúde ocupa em nosso orçamento. Cada vez mais dedicamos uma significativa parcela de nossos rendimentos em despesas com saúde; muito mais que nossos antepassados faziam. Estaríamos ficando cada vez mais doentes? Ou estaríamos a cada dia ficando mais saudáveis, já que gastamos mais com saúde? O fato é que o que somos parece estar inseparável do discurso biomédico. Fomos convencidos de que essa é a via privilegiada para que possamos enfrentar os desafios da existência. [...] O propósito deste livro é apresentar ao leitor uma análise do fenômeno da medicalização e suas consequências individuais e sociais propriamente ditas. (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 


Crianças, adolescentes e crack: desafios para o cuidado.

Crianças, adolescentes e crack: desafios para o cuidado. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2015.

 

 

 

 

 
   

Este livro aborda, sob o olhar da saúde, o consumo de crack por crianças e adolescentes e as consequências do uso dessa substância pelos pais ou responsáveis, com base nos resultados e duas pesquisas realizadas em 2011 e 2012 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz): Pesquisa Nacional do Crack e O Desafio da Rede no Atendimento de Crianças e Adolescentes Usuários de Crack e/ou Acolhidas Institucionalmente pelo Uso do Crack dos Pais/ Responsáveis. A primeira teve âmbito nacional, e a segunda foi desenvolvida em cinco regiões brasileiras: Norte, em Manaus; Centro-Oeste, em Ponta Porã; Nordeste, em Salvador; Sudeste, nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo; e Sul, em Porto Alegre e Curitiba. A magnitude do uso da substância e sua dispersão nacional revelam a dimensão do problema, agravado pelafragilidade do seu enfrentamento nas redes de atenção em saúde e assistência social das cidades investigadas.(Fernando Nicolazzi - Professor do Programa de pós-Graduação em História da UFRGS.)

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

  

Escravos e rebeldes nos tribunais do Império: uma história social da lei de 10 de Junho de 1835.

PIROLA, Ricardo. Escravos e rebeldes nos tribunais do Império: uma história social da lei de 10 de Junho de 1835. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2015.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Este livro, originalmente tese de doutorado na Unicamp, é uma extraordinária história social do escravismo brasileiro no século XIX. Viajando entre tribunais locais e altas instâncias jurídicas' do Império, Ricardo Pirola esmiúça as contendas em torno da lei mais emblemática daquele regime de trabalho forçado: a de 10 de junho de 1835, que institui pena de morte obrigatória para o escravo que agride o senhor, o feitor, ou certos familiares dos mesmos, com intenção de matar. Na sua origem, a lei era descaradamente uma arma senhorial contra a senzala insurgente. Nas últimas décadas da escravidão, no entanto, suas bases progressivamente minadas por diversos protagonistas históricos desde conselheiros de Estado até os próprios cativos, ela foi se transformando em ameaça à casa-grande. Medida draconiana, a letra da lei não permitia ao júri encarregado de julgar o acusado na primeira instância ponderar fatores que, sendo outras as vítimas, pudessem ser considerados atenuantes do crime ou falhas no argumento das provas, portanto justificativas para uma pena menor. Além disso, ela negava qualquer direito de recurso contra a sentença a um tribunal superior. [...] Como observa Pirola, estes códigos, na verdade, seguiam os princípios iluministas a respeito "dos delitos e das penas", tal como definidos por Cesare Beccaria, autor italiano admirado nos círculos jurídicos luso-brasileiros da época. (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

Saneamento: promoção da saúde, qualidade de vida e sustentabilidade ambiental.

SOUZA, Cezarina Maria Nobre et al. Saneamento: promoção da saúde, qualidade de vida e sustentabilidade ambiental. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2015.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Este livro resulta de uma longa história, iniciada em 2011, quando quatro profissionais que atuam nos âmbitos da engenharia sanitária e da saúde ambiental resolveram escrever sobre os desafios do saneamento em nosso mundo atual. Um saneamento que enfrente nossa dívida histórica na prevenção de doenças, mas que seja capaz de olhar simultaneamente para um futuro orientado para a promoção da saúde. Não é fácil olhar para o futuro quando se constata que as condições da vida urbana no Brasil e na maior parte do mundo ainda são, em geral, bastante precárias, com muitas mortes e procedimentos ambulatoriais e hospitalares evitáveis. Essas condições contribuem para a baixa qualidade de vida e para a insalubridade ambiental, quadro que seria minimizado e até evitado se houvesse saneamento para todos. Há uma grave violação de um direito humano essencial, conforme declaração da ONU de 2010. Um contingente populacional expressivo vive em condições indignas de acesso a bens e serviços essenciais ao pleno gozo da vida. E se a provisão desses bens e serviços lhe fosse ofertada, possibilitaria, por sua vez, seu acesso a outros estágios de realização. (Au.)

 

 

    

 

 

 

 

 

 

 

A sociologia do Brasil urbano.

LEEDS, Anthony; LEEDS, Elizabeth. A sociologia do Brasil urbano. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2015.

 

 

 

 

 

 

   

Anthony e Elizabeth Leeds perceberam essa potência desde então e por isso contribuíram, com este fundamental livro e várias outras produções teóricas, além do engajamento político, para a visibilização e fortalecimento desses novos sujeitos e práticas nas cidades brasileiras. Saúdo esta nova edição não apenas pelo papel histórico que este livro assumiu, mas porque ele se tornou um clássico! Com efeito, ele continua sendo uma valiosa fonte de reflexão e estudo sobre questões que enfrentamos ainda hoje, tais como a compreensão da dinâmica de classes sociais nos centros urbanos brasileiros, as formas de regulação e de poder estabelecidas nos espaços populares, os vínculos existentes entre as práticas sociopolíticas estabelecidas nas localidades e os espaços supralocais etc. São muitas as razões para (re)ler esta obra. A que mais me atinge, inegável, é a emoção por me sentir parte de uma longa caminhada de seres humanos que, como Anthony e Liz, dedicaram e dedicam suas vidas a desnaturalizar o mundo existente e torná-lo mais humano, simples e plenamente humano. (Jailson de Souza Silva - Fundador e diretor do Observatório de Favelas)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

Sustentabilidade, ambiente e saúde na cidade de Manaus.

FREITAS, Carlos Machado; GIATTI, Leandro Luiz (Org.). Sustentabilidade, ambiente e saúde na cidade de Manaus. Manaus: Edua; Fiocruz, 2015.


 

 

 

 

Este livro traz importante e necessária contribuição ao conhecimento sobre as complexas e contraditórias relações entre sustentabilidade e saúde na cidade de Manaus. Os 16 estudos aqui reunidos oferecem um quadro, muito bem articulado e de caráter interdisciplinar, de aspectos associados com uma realidade pouco conhecida: a situação da saúde em uma metrópole brasileira com mais de dois milhões de habitantes em um contexto ecossistêmico de elevada complexidade. Os estudos abordam aspectos associados com forças motrizes e pressões, a situação socioambiental, as condições de vida e saúde em suas múltiplas componentes e dimensões, e apresentam reflexões originais sobre os cenários futuros de sustentabilidade e saúde para Manaus, uma grande cidade na floresta. Com base nos discursos de diferentes atores-chave envolvidos na gestão, na pesquisa e na sociedade civil, os quais apresentam argumentos em conflito, os autores demonstram que o tema da sustentabilidade ainda é muito pouco enfatizado.  (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

Promoção da saúde como caminho para o desenvolvimento local: a experiência em Manguinhos - RJ.

ZANCAN, Lenira; BODSTEIN, Regina; MARCONDES, Willer B. Promoção da saúde como caminho para o desenvolvimento local: a experiência em Manguinhos - RJ. Rio de Janeiro: Abrasco/Fiocruz, 2002.

 

 

 

 

 

 

 

  

 

Esta publicação se situa na perspectiva da sistematização e divulgação de um conjunto de iniciativas, projetos e ações que trazem em comum o compromisso com o desenvolvimento social e a promoção da saúde em Manguinhos. Consideradas experiências inovadoras no campo da Saúde Pública, atualmente em curso na ENSP/FIOCRUZ, incorporam e articulam os princípios da intersetorialidade e da participação social, convergindo para o fortalecimento do Programa de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável - o Programa DLIS-Manguinhos. O marco conceitual da Promoção da Saúde (PS) e a concepção de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável (DLIS) constituem, assim, os eixos integradores das iniciativas aqui apresentadas, subsidiando as estratégias de intervenção para as comunidades de Manguinhos. [...] O Projeto Promoção da Saúde em Ação (convênio Brasil-Canadá) e o Projeto de Monitoramento e Avaliação do DLIS (convênio FIOCRUZ/FINEP), constituem os principais suportes institucionais às propostas de promoção da saúde e de desenvolvimento social aqui reunidas. Objetivando fomentar a incorporação das teorias e práticas da promoção da saúde e do desenvolvimento sustentável nas atividades de ensino, pesquisa e serviços da ENSP, estes convênios vêm apoiando, ao longo dos três últimos anos, as diversas iniciativas que são objeto desta publicação.(Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 


Antropologia, desenvolvimento e favelas: a atuação de Anthony Leeds na década de 1960.

VIANA, Rachel de Almeida. Antropologia, desenvolvimento e favelas: a atuação de Anthony Leeds na década de 1960. 2014. 210 f. Dissertação (Mestrado em História das Ciências e da Saúde) - Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz, 2014.

 

 

 

 

 

 

 

Esta dissertação analisa a atuação do antropólogo Anthony Leeds durante a década de 1960, com ênfase nas pesquisas por ele realizadas em favelas do Rio de Janeiro. Seguindo a metodologia dos círculos concêntricos proposta por Stocking Jr, são abordados o contexto social e político dos EUA entre as décadas de 1940 e 1960, com destaque para as relações entre a antropologia e a Guerra Fria; o debate sobre desenvolvimento econômico nas agências internacionais e na pesquisa em ciências sociais travados nessa época; as discussões acerca das características do trabalho etnográfico que se fazia no período e o contexto histórico, social e político em torno das favelas e da questão habitacional no Rio de Janeiro. A dissertação busca entender as influências teórica e metodológica vindas desde o período da graduação até o doutoramento de Anthony Leeds na Universidade de Columbia, no qual se verifica a importância da perspectiva neoevolucionista, além de outras tradições presentes em sua formação. Após abordar os trabalhos realizados pelo antropólogo em agências internacionais, bem como sua atuação em instituições de pesquisa e ensino no Brasil, a dissertação enfatiza o caráter dialógico de sua etnografia através da análise das notas de campo registradas pelo antropólogo na favela do Jacarezinho.(Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Comida, trabalho e assistência social: a alimentação na agenda política brasileira (1939-1947).

MUNIZ, Érico Silva Alves. Comida, trabalho e assistência social: a alimentação na agenda política brasileira (1939-1947). 2014. 222 f. Tese (Doutorado em História das Ciências e da Saúde) - Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz, 2014.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

A presente tese analisa ideias e políticas públicas para a alimentação de trabalhadores desenvolvidas por médicos nutrólogos, técnicos e visitadoras de alimentação nas instituições governamentais brasileiras no período de 1939 a 1947. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, intensificou-se o desenvolvimento dos saberes científicos sobre os alimentos como uma medida de defesa nacional, salvaguardando as nações de crises de abastecimento, fomes coletivas e revoltas urbanas. No Brasil, ao mesmo tempo em que tradições científicas eram fundadas em Institutos e Universidades, estudos técnicos em nutrição embasavam projetos de mudança social programada e planos de desenvolvimento nacionais e locais em diferentes regiões. A partir da criação do Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS), o governo de Getúlio Vargas deu maior ênfase à industrialização, ao incremento agrícola e à modernização. Simultaneamente, organismos internacionais, médicos nutrólogos e governos locais focavam nas condições de vida, trabalho e alimentação das populações de operários urbanos. Sob a influência desses atores, formou-se uma concepção de intervenção na sociedade via alimentação que se estruturou gradualmente, a partir da compreensão da importância de eventos como as Guerras e o impacto da interação entre a cooperação internacional, a filantropia e a sociedade civil para projetos e ideias em alimentação.(Au.)