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Destaques da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde

Mercado Minas: africanos ocidentais na Praça do Mercado do Rio de Janeiro (1830-1890).

FARIAS, Juliana Barreto. Mercado Minas: africanos ocidentais na Praça do Mercado do Rio de Janeiro (1830-1890). Rio de Janeiro: Prefeitura do Rio; Casa Civil; Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, 2015.

 

 

 

 

 

 

 

  

Mercados Minas vem a público como obra indispensável à historiografia da escravidão no Brasil. A autora parte de um conjunto de casos relativos a africanos oriundos da África Ocidental (chamados "minas") que fizeram suas vidas como comerciantes no Mercado da Candelária, o principal entreposto de gêneros alimentícios da capital do Império. A autora mergulha na biografia de Emília Soares do Patrocínio para emergir de seus episódios familiares mostrando o lugar ocupado pelos africanos libertos no pequeno comércio da cidade do Rio de Janeiro. Por meio de uma rica narrativa, vai além das estratégias individuais para fazer uma história social do mercado. Nesse percurso, mostra os comerciantes africanos (homens e mulheres) e também os brasileiros e imigrantes portugueses (todos homens), identificando as intrincadas redes comerciais, financeiras e religiosas tecidas entre eles. Ao longo dos capítulos, a autora dialoga rigorosamente com toda a historiografia da escravidão e da cidade do Rio de Janeiro. Apresenta ainda excelente material iconográfico, mostra plantas e croquis do mercado pouco conhecidos e dá novo sentido a rostos fotografados por Marc Ferrez, Juan Gutierrez e outros. Mercados Minas é uma importante contribuição à historiografia da escravidão, da cidade, e, em particular, dos escravos vindos da Costa da Mina que terminaram sua longa migração forçada nas bancas do Mercado da Candelária na cidade do Rio de Janeiro. (Mariza de Carvalho Soares - Universidade Federal Fluminense )

 

 

 

 

 

 

 

   

 

Raza y trabajo en el Caribe hipánico:los inmigrantes de las Indias Occidentales em Puerto Rico durante el ciclo agro-exportador, 1800-1850.

LUIS CHINEA, Jorge. Raza y trabajo en el Caribe hipánico: los inmigrantes de las Indias Occidentales em Puerto Rico durante el ciclo agro-exportador, 1800-1850. Sevilla: Escuela de Estudios Hispano-Americanos, 2014.

 

 

 

 

 

 

  

  

 

Raza y trabajo en el Caribe hispánico de Jorge Chinea rompe el esquema de la historiografía puertorriqueña a través del análisis y la documentación de la importancia y el volumen de la migración de los libres de color que llegaron de las islas británicas, francesas, danesas y holandesas del Caribe a Puerto Rico. Chinea expone que estos inmigrantes jugaron un papel importante en los cambios socioeconómicos y políticos durante los inicios del siglo XIX en Puerto Rico y que no se había recogido su historia en la literatura histórica tradicional. EI libro de Chinea analiza el impacto de la inmigración caribeña a Puerto Rico durante un periodo de transformaciones intensas en la economía y sociedad de la isla durante las postrimerías del siglo XVIII e inicios del XIX. Se enfoca en las migraciones de miles de personas libres de color provenientes del Caribe británico, francés, danés y holandés, pues entiende que, en la historia tanto del Caribe como la de Puerto Rico, se ha prestado atención sustancial a las migraciones de fuerza laboral forzada desde África y a las de europeos libres de raza blanca. El libro examina las repercusiones considerables en cuanto a lo social, económico y político de la inmigración desde el Caribe no-hispánico a Puerto Rico y provee información detallada de los números, zonas de asentamiento, comercio, redes, actividades y luchas cotidianas de los libres de color y otros inmigrantes caribeños que se asentaron en Puerto Rico al comenzar el siglo XIX. (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

Regenerar España y Marruecos: ciência y educación em las relaciones hispano-marroquíes a finales del siglo XIX.

MARTÍNEZ ANTONIO, Francisco Javier; GONZÁLEZ GONZÁLEZ, Irene (Ed.). Regenerar España y Marruecos: ciência y educación em las relaciones hispano-marroquíes a finales del siglo XIX. Madrid: Consejo Superior de Investigaciones Científicas, 2011.

 

 

 

 

 

 

Regenerar España y Marruecos es un volumen colectivo en el que se propone una mirada innovadora sobre las ideologías, las prácticas y los actores del africanismo español de la primera fase de la Restauración. En particular, se analiza cómo la planeada extensión al Imperio marroquí del proyecto regeneracionista ideado para la modernización de la sociedad española se tradujo en un protagonismo preferente de la ciencia y la educación en la acción colonial de España en Marruecos. EI regeneracionismo finisecular se revela, pues, como una empresa singular por su mezclado carácter hispano-marroquí y por su voluntad de formación de elites locales en Marruecos. Un proyecto encarnado en personajes, instituciones e iniciativas sobre los que el fracaso colonial español y el desmoronamiento del Estado marroquí arrojaron a comienzos del siglo XX sombras que este libra pretende disipar. (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

   

História Ecológico-Institucional do Corpo.

RIEDER, Philip; PEREIRA, Ana Leonor; PITA, João Rui. História Ecológico-Institucional do Corpo. Coimbra: Universidade de Coimbra, 2006.

 

 

 

 

 

 

  

 

A obra que agora se publica resulta da adaptação de textos que serviram de base às intervenções proferidas no 4° Colóquio Internacional Temas de Cultura Científica, subordinado ao tema História Ecológico-Institucional do Corpo. Este Colóquio teve lugar em 18 de maio de 2005, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e foi organizado pelo Grupo de História e Sociologia da Ciência do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra / CEIS20, através do projecto de investigação Público e Privado: História Ecológico-Institucional do Corpo (1900-1950). O caso português (POCTI / HAR / 49941 /2002) e em articulação com os projectos História da Farmácia em Portugal (1900-1950) / HISTOFAR e Egas Moniz: vida e obra de um Prémio Nobel / EMPNOBEL em curso no CEIS 20. O objectivo desse Colóquio era discutir várias questões relacionadas com a problemática da saúde e da doença, do corpo saudável e do corpo doente; da condição de paciente à condição de doente e seu tratamento especialmente o medicamentoso, o processo de medicalização do corpo de meados do século XIX à Primeira Guerra Mundial. (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 
 


Sousa Martins: ciência e espiritualismo.

REPOLHO, Sara. Sousa Martins: ciência e espiritualismo. Coimbra: Universidade de Coimbra, 2008.

 

 
   

A obra que agora se publica Sousa Martins: ciência e espiritualismo é da autoria de uma psicóloga de formação base - Sara Repolho - mas que tem na história, sociologia, antropologia da medicina, da farmácia e da saúde em Portugal alguns dos seus interesses científicos. E, por isso, é com naturalidade que a vimos desenvolver a temática Sousa Martins, dada a sua complexidade e comunhão de interesses. A obra é apresentada como se fosse uma biografia. Mas não uma biografia com recurso às fontes habituais das quais faz um enorme roteiro no final do livro. Para além das fontes manuscritas e impressas que a autora trabalhou com todo o rigor do trabalho inerente ao historiador da ciência, Sara Repolho recorreu a história oral, a entrevistas, à observação in loco dos costumes e hábitos, por exemplo na Casa Museu em Alhandra ou no cemitério local no jazigo de Sousa Martins onde anualmente se realizam autênticas peregrinações em torno do santo laico.  (João Rui Pita)


 

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

  

Psicoterapia Institucional: memória e actualidade.

SOUSA, Bráulio de Almeida e. Psicoterapia Institucional: memória e actualidade. Coimbra: Universidade de Coimbra, 2008.

 

 

 

 

 

 

 

  

 

O livro Psicoterapia Institucional Memória e actualidade, em boa hora editado pela Imprensa da Universidade de Coimbra em parceria com a Sociedade Portuguesa para o Estudo da Saúde Mental, consolidando, num volume só, parte do precioso trabalho de reflexão, de análise e da inovadora acção de Bráulio de Almeida e Sousa, tão difícil, de outro modo, sobretudo para as gerações mais novas, de reencontrar e de rever por tão disperso no tempo e no espaço em que permanecia, vê agora a luz, numa altura que cremos crítica para a evolução dos serviços e sobretudo para a filosofia que deverá permear as novas estruturas dos Cuidados de Saúde Mental que se projectam para Portugal, como já há muito acontece por toda a Europa. Bráulio de Almeida e Sousa, embora nunca se assuma como tal, pertence àquela geração que François Tosquelles caracterizava como a dos psiquiatras filósofos. Espécie, aliás, quase em extinção, substituída pela dos próceres irredutíveis do admirável mundo novo dos neurotransmissores que pensam, do alto das suas avançadas tecnologias, que podem comprimir o homem, a sua alma e as suas circunstâncias, a um formato de quatro gigabytes. (João Sennfelt - Psiquiatra - Membro da Coordenação para a Saúde Mental no Alto Comissariado da Saúde)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

Comida, trabalho e assistência social: a alimentação na agenda política brasileira (1939-1947).

MUNIZ, Érico Silva Alves. Comida, trabalho e assistência social: a alimentação na agenda política brasileira (1939-1947). Tese (Doutorado em História das Ciências e da Saúde) – Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2014. 


 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

A presente tese analisa ideias e políticas públicas para a alimentação de trabalhadores desenvolvidas por médicos nutrólogos, técnicos e visitadoras de alimentação nas instituições governamentais brasileiras no período de 1939 a 1947. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, intensificou-se o desenvolvimento dos saberes científicos sobre os alimentos como uma medida de defesa nacional, salvaguardando as nações de crises de abastecimento, fomes coletivas e revoltas urbanas. No Brasil, ao mesmo tempo em que tradições científicas eram fundadas em Institutos e Universidades, estudos técnicos em nutrição embasavam projetos de mudança social programada e planos de desenvolvimento nacionais e locais em diferentes regiões. Os problemas alimentares dos brasileiros passaram a ser considerados empecilhos à modernização e à industrialização do país, o que possibilitou que políticas públicas para o controle do fenômeno da fome e da desnutrição fossem criadas no âmbito da assistência social varguista.  (Au.)

 

    

 

 

 

 

 

 

 

A experiência de campo de Alfred Russel Wallace na Amazônia oitocentista: viagem, ciência e interações.

LIMA, Carla Oliveira de. A experiência de campo de Alfred Russel Wallace na Amazônia oitocentista: viagem, ciência e interações. Tese (Doutorado em História das Ciências e da Saúde) – Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2014. 

 

 

 

 

 

 

 

   

Esta tese tem por objetivo fazer um estudo sobre o trabalho de campo do coletor e naturalista britânico Alfred Russel Wallace na Amazônia, efetuado no período de 1848 a 1852. Por meio da análise de sua experiência de exploração ao norte do Brasil, elucida, primeiramente, a partir de seus escritos produzidos na e sobre a região, de que maneira a natureza tropical foi interpretada ou imaginada por ele durante o período oitocentista. Em segundo lugar, examina a experiência material desse coletor de espécies com a realidade amazônica; e, com isso, recuperar, ao mesmo tempo, o cotidiano de suas viagens e as formas pelas quais interagiu com o ambiente e as culturas dos lugares que visitou. Por último, demonstra-se que a experiência de campo foi fundamental para seu treinamento técnico e formação intelectual, já que foi através dela que o naturalista pôde adquirir habilidades e amadurecer reflexões as quais o transformaram em um filósofo da natureza. Para isso, esta análise valeu-se de recursos metodológicos e fontes de variadas naturezas: apreciação de relatos de viagem de exploradores setecentistas e oitocentistas; estudo específico das obras sobre a Amazônia de Alfred Russel Wallace; análise da correspondência relacionada aos viajantes Richard Spruce, Henry Bates e Wallace; exame de algumas coleções de espécimes; além da pesquisa em relatórios de Presidentes de Província e textos de autoridades locais. (Au.)