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FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

Destaques da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde

Vastos Sertões: história e natureza na Ciência e na Literatura.

SILVA, Sandro Dutra e; SÁ, Dominichi Miranda de; SÁ, Magali Romero (Org.). Vastos Sertões: história e natureza na Ciência e na Literatura. Rio de Janeiro: Mauad X, 2015.

 

 

 

 

 

  

Este é um livro sobre o Brasil. O seu objetivo é discutir um forte símbolo da história nacional: a associação entre a construção do país e a conquista da natureza. Interessa ao público universitário e de pós-graduação nas áreas das humanidades, ciências ambientais e outros campos do conhecimento em que a interdisciplinaridade constitua espaço privilegiado para o debate sobre a natureza e sua relação com processos históricos. Tem como temas as experiências de dilatação de possessões de terra, agência de "desbravadores", opressão de populações locais e transformação radical de paisagens. Símbolo e processos aqui abordados se estenderam, por séculos, sobre áreas que ganharam uma nomeação de grande frequência: o sertão.(Orgs.)

 

 

 

 

 

 

   

 

Saúde coletiva: a Abrasco em 35 anos de história.

LIMA, Nísia Trindade; SANTANA, José Paranaguá de; PAIVA, Carlos Henrique Assunção (Org.). Saúde coletiva: a Abrasco em 35 anos de história. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2015.

 

 

 

 

 

  

  

 

Lançado para celebrar os 35 anos da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), muito mais do que um registro de trajetória da entidade, este livro é imprescindível à leitura de todos, por apresentar registros e análises de olhares diversos acerca do campo da saúde coletiva brasileira, envolvendo ainda as estratégias utilizadas na ação política ao longo dessas quase quatro décadas. E não poderia ser diferente, pois o percurso da Abrasco está marcado, por um lado, pelo desenvolvimento e instituição da saúde coletiva nos cursos de graduação e pós-graduação das universidades do país; por outro, pela ação determinante que exerceu - e tem ainda hoje exercido - no espaço da política como entidade do movimento da Reforma Sanitária. O leitor está convidado a compreender os alicerces e as bases teóricas do campo da saúde coletiva que se consolidou no Brasil sob o incentivo e a inspiração de diversos autores e ativistas latino-americanos e europeus, como Juan César García e Giovanni Berlinguer, por exemplo, transformando a visão e os modos de pensar a saúde, conferindo-lhe substrato teórico e político para que fosse alçada à condição de direito universal em seu conceito mais ampliado.[...] Trata-se de uma produção conjunta que, mesmo sem a pretensão de esgotar a compreensão sobre o passado, deixa uma excelente e ampla contribuição. No mesmo sentido, ancora-se na força contemporânea que a comunidade da saúde coletiva imprime ao percurso da produção de conhecimento comprometido e articulado ao ativismo permanente em prol de uma sociedade mais justa, saudável e sem iniquidades. (Ana Maria Costa - Presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e coordenadora-geral da Asociación Lationoamericana de Medicina Social (Alames)).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

Saúde global: uma breve história.

CUETO, Marcos. Saúde global: uma breve história. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2015.

 

 

 

 

 

objetivo deste livro é descrever e examinar por um olhar histórico um novo campo de prática e de formação da saúde pública: a saúde global. Suas origens encontram-se nas grandes epidemias mundiais e nos acordos bilaterais da segunda metade do século XIX e, num segundo momento, na criação de agências de saúde da primeira metade do século XX. Os eventos que serão estudados estiveram vinculados à criação da OMS, órgão que procurou exercer uma liderança global e que foi, por algum tempo, líder inconteste na área de saúde mundial. Criada com grandes expectativas em 1948 - e após liderar campanhas contra doenças nos anos 1950 e 1960 -, a OMS idealizou um programa sanitário holístico conhecido como Atenção Primária à Saúde nos anos 1970. Desde 1980, a liderança e capacidade de resposta da OMS esteve ofuscada pelas mudanças mundiais provocadas pela transnacionalização das finanças e pelas agressivas atividades empreendidas por outros organismos internacionais, especialmente o Banco Mundial. A OMS recuperou-se parcialmente na virada do século XXI, voltando a ocupar um lugar estável em uma nova ordem política mundial. [...] Creio que existem duas perspectivas de abordagem para a saúde global que têm vínculos com a história da saúde internacional. A primeira, com ênfase no uso de tecnologias modernas para controle de doenças, nos chamados à caridade dos doadores privados e no argumento de que programas eficientes de saúde pública são fatores essenciais ao crescimento econômico. A segunda promove reformas sociais com objetivo de reduzir desigualdades, como as existentes entre diferentes países e dentro dos países, e faz uma crítica à origem dessas injustiças sociais. Os diálogos e as rivalidades dessas duas perspectivas serão analisados neste livro. (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

  

   

Dengue: teorias e práticas.

VALLE, Denise; PIMENTA, Denise Nacif; CUNHA, Rivaldo da (Org). Dengue: teorias e práticas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2015.

 

 

 

 

 

  

 

Dengue: teorias e práticas compartilha o conhecimento construído por uma geração de pesquisadores e sanitaristas sobre a problemática da dengue no Brasil. O reconhecimento das múltiplas dimensões dessa doença impôs uma abordagem interdisciplinar e integrada, mobilizando diversos especialistas de diferentes campos do conhecimento - da área biomédica, da pesquisa e prática clínica, e das ciências humanas e sociais - para mostrar até onde conseguimos chegar.  Apesar do conhecimento da doença, ainda não podemos evitar que casos evoluam para óbito. Aprendemos muito sobre o vetor, mas a transmissão continua elevada. As pessoas reconhecem as principais características da dengue, entretanto suas percepções sobre riscos não mudaram. Sabemos que os determinantes das epidemias são, entre outros, a especulação imobiliária e o abastecimento inadequado de água, mas não se alterou a receptividade das cidades. Temos programa de controle da dengue com estrutura, cobertura e financiamento adequados, contudo a endemia não foi controlada. Este volume propõe-se a sensibilizar leitores tanto da academia quanto de fora dela para o debate do problema, em seus diversos aspectos teóricos e práticos. Constitui uma excelente oportunidade de mobilização de outros atores sociais e de outra geração de sanitaristas e pesquisadores nas mais diversas áreas do conhecimento, para produzirem novos saberes que possibilitem mudanças nas condições de vida nas cidades e no seu potencial de produzir doenças.  (Paulo Chagastelles Sabroza - Mestre em saúde pública, pesquisador titular da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz.).

 

 

 

 

 

 

 

 
 


Memórias e histórias da Atenção Básica do Estado de São Paulo.

PAULA, Silvia Helena Bastos de. Memórias e histórias da Atenção Básica do Estado de São Paulo. São Paulo: Instituto de Saúde, 2015.

 

 

 

 

 

 
   

Acho oportuno reconhecer essa iniciativa do Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, porque todos os que têm experiência mais prolongada pela vida a fora, nosso caso, até mesmo de décadas, num esforço para formular e executar políticas públicas, aprendemos a valorizar a recuperação de etapas passadas do processo histórico que gera as etapas atuais. O estudo da memória e de busca de dados e informações que a recuperem tem significação não somente de erudição, de conhecimento do arsenal intelectual da sociedade, que por si só já o justificaria, mas vou à frente. Esses estudos são a base do conhecimento e de uma tomada de consciência do que é o processo social, do que é a transformação social. Então, essa memória de décadas passadas até a atual, por exemplo, tem importância imprescindível para dar mais segurança às pessoas que se engajam no desenvolvimento de políticas públicas para que tenham confiança no processo que estão vivendo, em que momento do processo social estão se encaixando, não só as pessoas físicas, mas as instituições, os agentes sociais e institucionais, na conjuntura, e de que modo que estamos contribuindo para as transformações de futuras conjunturas. Então, a memória histórica que faz parte dessa pesquisa, é uma contribuição para o próprio futuro, no caso aqui, da política pública de saúde. Eu louvo a iniciativa. (Nelson Rodrigues dos Santos)

 

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

  

Rio de Janeiro: histórias concisas de uma cidade de 450 anos.

RIO DE JANEIRO (RJ). Secretaria Municipal de Educação. Rio de Janeiro: histórias concisas de uma cidade de 450 anos. Rio de Janeiro: SME, 2015.

 

 

 

 

 

 

 

  

 

Esse livro, fruto do trabalho conjunto de nossos colegas, retrata, de forma concisa, como explicita seu título, as diferentes visões de seus autores sobre as muitas histórias que têm como pano de fundo a linda cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, que está comemorando seus 450 anos. Aspectos diferenciados da cidade e de como ela foi sendo construída, em diferentes momentos, pela diversidade de moradores que aqui escolheram viver, estão retratados nesse livro. A criatividade de seus autores pode ser dimensionada pelas diferentes temáticas abordadas, que desnudam nossa cidade em muitos e singulares aspectos, possibilitando outras leituras e novas abordagens. A apresentação de artigos de professores de nossa Rede e de professores das universidades em uma mesma publicação é outro aspecto a ressaltar nesse livro, pois concretiza uma parceria sempre desejada e importante para nós. Esperamos, assim, que esse trabalho coletivo propicie uma continuidade dessa relação tão enriquecedora para ambas as partes. (Helena Bomeny - Secretária Municipal de Educação do Rio de Janeiro).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

Gênese da saúde global: a Fundação Rockefeller no Caribe e na América Latina.

PALMER, Steven. Gênese da saúde global: a Fundação Rockefeller no Caribe e na América Latina. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2015.

 

 

 

 

 

 

 

   

 

O leitor tem nas mãos um livro tão inovador quanto provocador. Gênese da Saúde Global: a Fundação Rockefeller no Caribe e na América Latina interpela visões hegemônicas da historiografia em duas direções. Na primeira questiona os que postulam localizar o fenômeno da saúde global no último quarto do século XX e compreendê-lo a partir de uma reconfiguração das organizações internacionais, sejam elas multilaterais, não governamentais, filantrópicas ou mesmo de cooperação, no âmbito de uma ordem capitalista agora, já no século XXI, efetivamente globalizada. Esse fenômeno não só emerge no início do século XX como tem nas organizações filantrópicas estadunidenses e nos países caribenhos e latino-americanos os protagonistas do que denominaríamos, hoje, um “Sul Global”. Na segunda, questiona a valorização, pela historiografia, do caráter assimétrico das relações entre “doadores” e “receptores” da filantropia internacional no campo da saúde e da medicina, relações inseridas em modos internacionais de dominação (neo)colonial ou imperial. Steven Palmer desafia parte considerável da literatura sobre história da saúde, em particular sobre a América Latina e Caribe, ao reconhecer a agência dos sujeitos-objetos – países e suas populações – das ações da filantropia americana encarnada ao longo do século XX pela Fundação Rockefeller. O autor nos mostra que a interação da Saúde Internacional da Rockefeller não pode ser caracterizada pelo silêncio obsequioso e servil. Por meio de uma minuciosa, extensa, excepcional pesquisa de fontes, Palmer analisa os primeiros passos da Rockefeller fora do território estadunidense na sua intenção de testar "o método americano" no controle e tratamento da ancilostomíase. [...] A artesania de Steven Palmer compôs um belo livro não apenas de história da saúde e da medicina, mas igualmente de história cultural, social e política da América Latina e Caribe que deve ser lido e discutido nos campos da história das ciências sociais e da saúde coletiva. (Au.)

 

 

  

 

 

 

 

 

    

Políticas, planejamento e gestão em saúde.

BAPTISTA, Tatiana Wargas de Faria; AZEVEDO, Creuza da Silva; MACHADO, Cristiani Vieira (Org.). Políticas, planejamento e gestão em saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2015.

 

 

 

 

 

 

   

A saúde coletiva tem se definido como um campo de saberes e práticas que tem o processo promoção - saúde - enfermidade - cuidado como objeto de reflexão e intervenção, sendo a própria construção desse objeto parte das práticas teóricas e políticas de seus pesquisadores e profissionais. Dada a complexidade dos fenômenos envolvidos, a possibilidade de abordar esse processo, com rigor científico e eficácia política, exige o recurso a múltiplas estratégias metodológicas. Mesmo uma área da saúde coletiva, como a de políticas, planejamento e gestão em saúde (PPGS), é bastante densa, a ponto de requerer o uso de diferentes métodos para abordar seus objetos de pesquisa e ação. Se, no momento de emergência da saúde coletiva brasileira, essa área específica afirmava sua adesão ao materialismo histórico, hoje, como ressalta este livro, manifesta-se pluralista, do ponto de vista teórico e metodológico. Reunindo respeitados pesquisadores da área, a obra identifica, na primeira parte, a fonte de vigor do campo: a aliança entre mérito científico e compromisso ético-político. Na segunda parte, apresenta como a análise da política e das políticas de saúde pode se beneficiar de métodos tão distintos quanto os oriundos de disciplinas como a história, a ciência política, a filosofia, a psicanálise e a sociologia. Por fim, a terceira parte discute os desafios teórico-metodológicos relativos a quatro temáticas atualíssimas: as relações internacionais, o trabalho e a educação em saúde, a promoção da saúde e a judicialização.(Luis Eugenio Portela Fernandes de Souza - Professor adjunto do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia e presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva)