Destaques da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde
A caminho do oeste.
GORDINHO, Margarida Cintra. A caminho do oeste. São Paulo: Terceiro Nome, 2013.
Muitos foram os caminhos da constituição do patrimônio no interior do estado de São Paulo: o Peabiru, rede de trilhas pré-coloniais, interligou o Brasil ao Peru; o rio Tietê, Anhembi dos indígenas, nasce na serra e corre para o continente; os trilhos das companhias ferroviárias levaram, nos séculos XIX e XX, os colonos estrangeiros para dentro do território e o café para o litoral. A caminho do Oeste é a próxima etapa no percurso da Coleção Patrimônio Paulista, iniciada com 'Patrimônio da metrópole paulistana e litoral' e 'Vale do Paraíba'. Este volume apresenta os bens tombados no interior do estado pelo Condephaat, órgão ligado à Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, e contribui para sua preservação e valorização. (Au.)
Patrimônio escolar: uma saga republicana.
GORDINHO, Margarida Cintra. Patrimônio escolar: uma saga republicana. São Paulo: Terceiro Nome, 2013.
Educação para todos: esta foi uma das bandeiras do movimento republicano brasileiro no final do Império, responsável pela multiplicação de escolas no estado de São Paulo entre 1889 e 1930. Das pranchetas de arquitetos como Ramos de Azevedo e Victor Dubugras, entre outros, saíram projetos depois replicados em várias cidades do estado. Patrimônio escolar: uma saga republicana, quarto volume da Coleção Patrimônio Paulista, apresenta as 126 "escolas republicanas" construídas entre 1889 e 1930 e tombadas pelo Condephaat - órgão ligado à Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Este livro contribui para a preservação da memória de nosso sistema público de ensino, além de valorizar e proteger o rico patrimônio escolar. (Au.)
Medicine and Public Health in Latin America: a history.
CUETO, Marcos; PALMER, Steven. Medicine and Public Health in Latin America: a history. New York: Cambridge University Press, 2015.
This remarkable book is the first study to weave together a detailed and sophisticated understanding of the historical transformations of medical education, public health, and medicine in Latin America from the sixteenth to the twenty-first centuries. With a strong narrative, remarkable insights, and a thorough examination of some of the most recent findings, research questions, and methodologies, Marcos Cueto and Steven Palmer provide a lucid and novel historical reassessment of indigenous medicines, medical pluralism, national and international health agendas, disease eradication, rural health, medical innovations, and global health. Their proposal of two novel concepts, “culture of survival” and “health in adversity”, will most definitively enable rich and useful reexaminations of the histories and realities of the flexible, dynamic, contradictory, fragmented, and discontinuous public health initiatives, policies, and discourses of the region. Inspiring and informative, this book will find an audience in both professional historians and the general public alike. (Claudia Agostini, Instituto de Investigaciones Históricas, Universidad Nacional Autónoma de México.)
Ensino e profissão médica na corte de Pedro II.
EDLER, Flavio Coelho. Ensino e profissão médica na corte de Pedro II. Santo André: Universidade do ABC, 2014.
O objetivo deste livro é estudar o processo pelo qual as disciplinas científicas e os modelos institucionais que revolucionaram os fundamentos práticos e teóricos da medicina acadêmica europeia, ao longo do século XIX, foram sendo apropriados e adaptados pelas elites médicas brasileiras, face às condições nacionais. O interesse por esse tema partiu do questionamento de dois argumentos encontrados na literatura recente sobre o desenvolvimento das práticas institucionais voltadas para a expansão e legitimação profissional dos médicos no Brasil. Por um lado, aceita-se tacitamente a ideia da existência de um vínculo funcional entre o projeto médico sanitário e a ordem social imposta pelo Estado Imperial (Machado, 1978; Costa, 1979, Luz: 1982). [...] Por outro lado, apesar da postura revisionista e muitas vezes iconoclasta que esses autores mantêm contra a literatura pioneira sobre a história da medicina brasileira, percebemos que o critério de periodização aceito reproduzia acriticamente a demarcação positivista que se queria combater. Desse modo, a criação do Instituto Oswaldo Cruz, na primeira década do século XX, continua sendo apresentado como o momento de ruptura com os valores e práticas anticientíficas - metafísicas - da medicina do Império (Luz, 1982; Stepan, 1976; Pires: 1989).(Au.)
Cidades Saudáveis? Alguns olhares sobre o tema.
SILVEIRA, Carmen Beatriz; FERNANDES, Tania Maria; PELLEGRINI, Bárbara (Org.). Cidades Saudáveis? Alguns olhares sobre o tema. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2014.
Esta obra discute a cidade saudável sob o enfoque da saúde coletiva e a promoção da saúde centrada na análise das determinações sociais do processo saúde-doença-ambiente. Ambas as perspectivas são aqui tratadas de forma rica e complementar, a fim de compreender os 'quefazer' e os 'comofazer' cotidianos dos cidadãos brasileiros no intuito de alcançar melhoras em suas condições de vida. [...] Este trabalho coletivo representa a diversidade e a vitalidade da produção científica sobre o tema cidades saudáveis, e constitui uma contribuição crítica para o desenvolvimento de políticas públicas baseadas no trabalho transdisciplinar com participação cidadã. O livro permite entender a luta pela saúde na cidade, que é a luta pelas ideias, o direcionamento das organizações e a construção de novos significados indispensáveis para que a energia social se articule às utopias que surgem e são constantemente asfixiadas, num mundo de fortes contradições. Uma 'cidade saudável' é uma cidade onde há espaço para a vida e a plena vigência do direito integral à saúde. (Maria DeI Carmen Rojas,pesquisadora no Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (Argentina), secretária-executiva da Rede Interamericana de Habitação Saudável)
Saúde indígena em perspectiva: explorando suas matrizes históricas e ideológicas.
TEIXEIRA, Carla Costa; GARNELO, Luiza (Org.). Saúde indígena em perspectiva: explorando suas matrizes históricas e ideológicas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2014.
As informações e as análises apresentadas aqui neste interessante exercício de interdisciplinaridade remetem a muitas reflexões como a política indigenista, que, se por um lado diferencia os grupos étnicos ao torná-los objeto de uma proteção especial, por outro nega suas singularidades ao identificá-los como 'índios genéricos'. Outro ponto merecedor de atenção é a invisibilidade dos povos indígenas para as autoridades sanitárias do país. Os autores dos textos estão conscientes de que tão invisíveis quanto os indígenas, no que se refere à questão sanitária, encontram- se as populações rurais. Um ponto central refere-se à necessidade de um conhecimento mínimo, por parte de profissionais não indígenas, da grande diversidade cultural das nossas sociedades indígenas, para não tornar inoperantes tipos de abordagem que são viáveis em algumas delas mas não em outras, exigindo portanto, a construção de diferentes modelos de ação. Trata-se de uma coletânea produzida para quem trabalha com a saúde indígena, mas também interessa a quem quer conhecer a grande diversidade cultural de nosso país. (Roque de Barros Laraia.)
Chagas’ Disease: a medlars-based, computer-processed bibliography (1968-1984).
DVORAK, James A.; GIBSON, Carter C.; MAEKELT, Alberto. Chagas’ Disease: a medlars-based, computer-processed bibliography (1968-1984). Washington, D.C.: Pan American Health Organization, 1985.
Since its discovery in 1909 by Carlos Chagas, an international research effort has been directed towards better understanding the physiopathology, epidemiology, chemotherapy and vector control aspects of Chagas' disease. During the course of this effort, the literature concerning Chagas' disease has increased rapidly. [...] Other bibliographies on Chagas' disease have also been produced such as "Chagas' Disease (South American Trypanosomiasis)" compiled by M. A. Miles and Jean E. Rouse as a supplement to the Tropical Disease Bulletin in 1970 and Bibliografia Brasileira Sobre Doenca de Chagas (1909-1979) compiled by Aluzio Prata and Eurydice Pires de Sant'Anna and published under the auspices of the Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnologico (Brasil) in 1983. AIthough valuable, these bibliographies were of only regional scope and relied upon a rather limited, manually compiled data base. (Au.)
Sentidos da morte e do morrer na Ibero-América.
RODRIGUES, Cláudia; LOPES, Fábio Henrique (Org.). Sentidos da morte e do morrer na Ibero-América. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2014.
Esta obra, dedicada aos estudos acerca da morte e do morrer, além de inédita no Brasil, dada sua perspectiva ibero-americana, é organizada por dois de seus representantes que, atualmente, lideram o grupo de pesquisa do CNPq Imagens da Morte: a Morte e o Morrer no Mundo Ibero- Americano, sediado na Universidade Federal Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Por essas razões, muito promete e, como poderá constatar o leitor, em nada decepciona. Ela atesta, em primeiro lugar, a atualidade que ainda vigora no campo dos estudos sobre a morte, tanto na história quanto nas ciências sociais. Mais ainda, são reveladoras as potencialidades de que essa temática é portadora, por meio da diversidade de assuntos tratados: o suicídio, os modos de enunciar a morte, a iconografia, a memória, as práticas fúnebres e os espaços de enterramento num quadro em processo de secularização, o luto, a morte em sua dimensão jurídica, entre tantos outros. [...] Nesta obra coletiva, a morte surge como abordagem privilegiada, interessando não apenas àqueles diretamente ocupados com a tópica em questão, mas também a todos em busca de um ponto de vista original acerca dos costumes e visões de mundo do passado e do presente. (Luiz Lima Vailat -professor adjunto da UFV - MG.)
La ciencia de Mayo: la cultura científica en el Rio de la Plata, 1800-1820
La Ciencia de Mayo analiza la cultura científica en el ámbito del Rio de la Plata en la época de la revolución a partir de una pregunta central: ¿en qué consistía “hacer ciencia” hacia 1810 en dicho territorio? Una respuesta exhaustiva no puede escapar a consideraciones políticas, económicas, institucionales e históricas, las cuales representan las dimensiones que atraviesan inevitablemente el quehacer científico. ¿Cómo se articulaban dichas dimensiones en la última época virreinal y en los primeros años de la independencia? Durante el Virreinato gran parte de la investigación en diversas disciplinas estuvo a cargo de los jesuitas. Luego de la expulsión de la orden en 1767, algunos aspectos de la ciencia fueron motorizados por sectores del clero ilustrado. En La ciencia de Mayo Miguel de Asúa ofrece una visión documentada y original de un tópico especialmente significativo, ya que los múltiples aspectos de toda cultura científica se suma la complejidad del período histórico revolucionario, algunos de los años más inquietos y a la vez de espíritu más progresista y renovador de la historia argentina. (Au.)